Page 17 - Livro Conto 01
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1º Conto: Laços afetivos enContro, desenContro e reenContro
ali para frente seu Pedro sentiu-se mais descansado e seguro,
logo no dia seguinte formalizou o casamento no civil, no si-
Dlêncio da noite, o qual teve como testemunhas seus familiares,
o juiz, o escrivão, as estrelas da noite e o luar.
Festa! festa era o que pensava seu Pedro e sua esposa que em tudo o
apoiara para a realização de um matrimônio que não foi planejado.
“Meu Deus, como será? Vejo esse homem que dorme e acorda comigo como
um estranho, na verdade, um dia eu me apaixonei, sim, por ele. Hoje nada sinto.”
“Se pelo menos eu tivesse por ele afinidade, simpatia, admiração seria mais
fácil!” Murmurava na réplica do silêncio, a sua cabeça estava em reviravolta.
Tudo ermo. A indecisão, a insegurança e o medo naquele momento
eram as companhias prediletas de nossa companheira Silvia.
Isso acontecia quase todas as vezes com ela, quando se encontrava
junto de Raylândio nos seus aposentos ou em outro local de sua residência.
Logo Raylândio familiarizou-se com seus familiares, uma pessoa que
sempre estava sempre com um pé atrás era seu irmão Pedrinho, e Silvia se per-
guntava: “Por que será, meu Deus, que meu irmão não gostou de Raylândio?”
“Eu não me lembro de ter visto Pedrinho, algum dia, com o pé atrás em
relação a qualquer pessoa, nem mesmo quando Lúcio, um dos empregados
da empresa do papai, deu um desfalque grande. Na ocasião, ele compreendeu,
perdoou e não se isolou como está fazendo.
Será que ele está com ciúmes da minha pessoa? Não é possível. Assim
Sílvia passava suas horas vagas aguardando a chegada do filho.”Será, que será
bom filho? Espero que seja.
Outra situação constrangedora para mim é ter que suportar Raylândio
como homem, não suporto seus abraços, seus beijos me dão nojo e no ato
da relação sexual eu tenho que até mesmo virar o rosto para o lado, pois nada
mais sinto por ele, apesar de carregar um filho dele na barriga, sofro, sofro
Deus, e peço perdão.”
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