Page 25 - Livro Conto 01

1º Conto: Laços afetivos enContro, desenContro e reenContro

pós o jantar foram para a sala de visita. Surgiu um assunto
interessante que fez com que Raylândio se empolgasse. Pedri-
Anho, de forma sensata, começou a falar: ― Enquanto não hou-
ver pessoas sensatas na administração pública, teremos grandes corruptos
de todos os produtos e procedimentos, que estarão incumbidos de dar-lhes
uma má direção. Por exemplo: a merenda escolar para as crianças carentes é
importante e deve seguir seu destino. Os recursos da educação têm grande
vantagem quando empenhados na bolsa do pobre carente. E quando nós vis-
lumbramos toda essa natureza cheia de riquezas, ao tempo em que temos um
retrato real de uma sociedade contemporânea, consumista, retratista de um
quadro de violência, seja a violência doméstica, seja a violência do homem
contra ele próprio, assim sendo, temos um quadro monstruoso que somente
utilizando as ferramentas do espírito com perseverança e com consistência
teremos, quem sabe, mudanças em todos os segmentos.

Pedrinho começou a falar de um jeito tão especial, que seu pai após o
discurso diz a todos os presentes: ― Peço desculpas a todos vocês, mas peço
permissão para tirar as minhas conclusões diante do exposto.

O pai de Pedrinho começa a falar: ― É, meu filho, até ontem eu pensei
que você fosse uma pessoa, hoje passei a perceber que não conhecia meu fi-
lho. Como é triste a tarefa dos pais que, diante da vida, da educação dos filhos,
desconhecem os talentos, a competência destes. Vejo, Pedrinho, que você tem
muitas competências e tem ética, vontade firme, você é um lutador. Na idade
que estou, sessenta anos, sei, e digo com convicção, que você luta com um ide-
al: ideal no bem, para fazer deste país uma sociedade mais justa com emprego,
trabalho, saúde, segurança, educação e serviço de caridade. Penso estás bem...

Ruth interrompe: ― Seu Pedro, seu netinho Juvenaldo está lhe dando
os braços. Vem pegar ele, dê um passeio, ele gosta muito de passear no jardim.

Ruth entrega Juvenaldo ao avô, que vai para o jardim passear com o
neto. Logo após retorna para a casa e vai para seus aposentos.

Dentro do seu quarto ao lado de sua esposa, Sandra, fala da sabedoria
do filho, Pedro Filho. ― Eu sempre achei um amor nosso filho. Tinha algo

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