Page 4 - Livro Conto 01
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Quantos aprendizados não são ofertados com as relações desajustadas,
que às vezes somos acometidos a assumir, porque não aprendemos a conhe-
cer o outro para poder efetivar compromissos.
Primeiro efetivamos os compromissos, criamos expectativas repentinas
para o outro com gestos, atitudes, com ações sem fazer jus a nossas promes-
sas, e quando os dias vão se passando, os prazeres, as paixões, também vão
passando.
Acabam os encantos e vêm os desencantos, daí, passamos a enxergar
os defeitos, as coisas mudam, as feições já não são as mesmas, o sorriso di-
fere de antes. Como é diferente a visão que temos do outro quando acaba a
paixão! Porque entendemos que nunca amamos e que foi mais uma ilusão
revestida de orgulho, egoísmo e de vaidade.
As pessoas que pensam em misturar os laços afetivos de amor com in-
teresses materiais ou qualquer outro interesse que não tenha o cunho moral,
o cunho do bem para o outro e para si, não terão o respaldo dos espíritos
encarregados da sua evolução.
O que o pai dá ao filho é o melhor, o que irá lhe ajudar no desapego, no
aplicativo do bem, da caridade, é o que irá lhe trazer os títulos da cristandade.
Contudo, nos laços afetivos em que reina o egoísmo, e amor- próprio, ou de
interesses, sejam eles quais forem, não têm sustentabilidade.
Vemos todos os dias, relacionamentos serem desfeitos na Terra. A dis-
solubilidade do casamento aconteceu porque os cônjuges não se uniram pe-
los laços do amor divino.
Porque todas as relações, sejam elas quais forem, alicerçadas pelo amor
verdadeiro, pelo respeito mútuo, pela cordialidade, pela caridade e pelo desin-
teresse pessoal, vislumbrando e objetivando uma união feliz, têm sustentação
e durabilidade, transcendem a este plano.
As relações amorosas, em todos os segmentos e níveis, recebem o fluxo
do amor divino, e, por terem a essência de Deus, são multiplicados em exem-
plos vivos para a humanidade.