Page 27 - Livro Conto 03
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3º Conto: As doençAs dA AlmA                                                           Ajuste Com A lei divinA
         M         atilde, jovem de quinze anos, teve que fazer um aborto, para não


                   dar notícias aos pais da gravidez prematura.

                   Após o aborto desencarnou. Passados três anos da prática do cri-
          me, ficou doente. Os espíritos vincularam-se ao seu perispírito e passaram a
          obsidiá-la. Não perdoaram os pais, pois queriam viver.

                 Durante algum tempo ficaram sendo assistidos na Casa de Maria de
          Nazaré e depois reencarnaram.
                 Nessa encarnação passaram por muitas dores, sofrimentos, o que
          fez com que estes tivessem novas experiências. Amadurecidos, acordaram
          para o perdão.

               Deus, em sua infinita bondade, ajudou esses espíritos na libertação nes-
          sa existência, já despojados de todo ódio e sede de vingança, tiveram novas
          experiências junto àqueles que outrora seriam seus pais.

                 Vejam, caros irmãos, como é perfeita a justiça divina. O que está nos
          planos de Deus, não foge ao nosso destino.

                 Tudo o que está escrito acontece: Escrito em nossas consciências,
          escrito com a caneta de nossos atos, escrito com a nossa conduta, escrito com
          as nossas atitudes.
                 São marcas fortes que não se apagam de nossas consciências, enquan-
          to não acertamos as contas com o amor de Deus.

                 Os nossos escritos como os danos, os erros, os pecados, os vícios,
          as imperfeições, também são escritos que registramos em nossas almas, que
          cedo ou tarde, em algum lugar do universo, teremos que apagar com a bor-
          racha do amor- trabalho, com a borracha do amor- perdão e com a borracha
          do amor- caridade.

                 Foi esse plano que fora traçado para Matilde apagar os seus erros, os
          crimes praticados - os abortos -, criando filhos do seu empregado da fazenda,
          como se fosse seus próprios filhos.




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