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continuado, promovendo a transferência deste entre os pontos de atenção à saúde, tendo
como pressuposto que todos têm fundamental relevância no fluxo da linha de cuidados.
Apesar da inquestionável relevância do papel exercido das ações de educação
popular em saúde e da otimização do controle adequado dos fatores de risco na tentativa
de redução da incidência do AVC, tais aspectos não são contemplados neste texto, pois
já fazem parte de outras ações aos portadores de doenças crônicas, não se relacionando
diretamente ao planejamento da linha de cuidados do paciente com evento
cerebrovascular agudo.
Considerando que o atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser
prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a
resolução integral da demanda ou transferindo-a, responsavelmente, para um serviço de
maior complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e regulado, define-se como
constituintes da Linha de Cuidados em AVC os seguintes componentes:
Unidades de Atenção Básica à Saúde;
Componente Móvel de Urgência (Pré-hospitalar / SAMU 192) ;
Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24horas) e Pronto-Socorros de
hospitais gerais (não referenciados para AVC);
Sala de Estabilização (SE);
Hospitais com habilitação em Centro de Atendimento de Urgência Tipo I,
Tipo II e Tipo III aos Pacientes com AVC;
Unidades de Atenção Especializada;
Enfermaria de longa permanência;
Atenção Domiciliar;
Serviços de Reabilitação Ambulatorial e Hospitalar;
Serviço de Reintegração Social;
Centrais de Regulação;
Ambulatório de Anticoagulação.
É essencial que os protocolos de atenção em AVC sejam definidos e pactuados
pelos diferentes componentes da Linha de Cuidados, de forma a uniformizar o cuidado e
permitir o acesso de todos os pacientes às terapias estabelecidas em diretrizes,
respeitando diferenças regionais.
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