Page 86 - Trabalho do Ir.`. Ap.´. Prof. VALDINEI GARCIA
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cerimonial.  O  resultado  disto  é  que  poucos,  efetivamente,  têm  ciência  de  suas
            responsabilidades  e,  pelo  tema  abordado,  maneiras  comedidas  em  ambiente  maçônico,
            reputando aos Paramentos da Alta Administração troféu de conquista pessoal em detrimento
            a sua representação distintiva. Há necessidade de Orientação, principalmente, discursiva, em
            virtude do lastimoso nível em que se encontra o hábito da leitura.


                  Na  maioria  das  Grandes  Obediências  Maçônicas  estabelecidas  pelo  mundo  afora,
            principalmente  onde  o  R.´.  E.´.  A.´.  A.´.  é  majoritário,  constituem-se  Grandes  Secretarias  de
            Orientação  Litúrgica  ou  Ritualística  –  visto  que  tudo  que  se  faz  em  Templo  é  pelo  Ritual;
            operam  diferentemente  das  Grandes  Comissões  e  Subcomissões  de  Liturgia,  que  tem  por
            atribuição apresentar pareceres e não o de “orientar”, isto porque, neste caso, parecer indica
            análise e síntese por conceitos e interpretação de práticas normatizadas. Mais abrangente, a
            Orientação  Litúrgica  ou  Ritualística  além  dos  preceitos  da  lei  esclarece,  conforta  e  sugere;
            instrui  pela razão, pelo senso acrítico e  afetivo, ou seja, pela lei  e  pelo sentimento; não e tá
            atrelada  rigorosamente  a  juridicidade  ou  ao  misticismo  e,  a  despachos  e  trâmites.  Acima de
            tudo a Orientação Litúrgica ou Ritualística é mais coerente e volitiva, por empatia e em respeito
            à  Liderança  Espiritual  do  Grão-Mestre.  Mas,  voltemos  a  questão  do  uso  de  Paramentos  dos
            Altos Cargos. Quando o Grão-Mestre está presente nas Lojas em visita ou em missão, todos os
            membros  da  Alta  administração,  também  presentes,  devem  estar  revestidos  com  os
            Paramentos  dos  Altos  Cargos,  pois,  a  Obediência  está  presente  e  ativa  na  pessoa  de  sua
            Autoridade Máxima, seu Representante Maior, seu Líder, Chefe e Guia. De outro modo, não se
            justifica Obreiros revestidos da s Insígnias dos cargos que exercem na Alta Administração da
            Grande Loja, porquanto não há atividade explicita da Grande Loja. Ainda de outro modo podem
            e devem estar revestidos com Paramentos de seus Altos Cargos, quaisquer dos membros da
            Obediência,  quando  a  maior  Autoridade  Maçônica  presente  cumpre  missão  especifica
            outorgada  ou  determinada  pelo  Grão-Mestre,  visto  que,  neste  caso,  há  atividade  da  Alta
            Administração justificando-se a comitiva onde o cargo denota assessoria e não posto.


                  Os  Paramentos  Maçônicos  podem  ser  insígnias  de  grau,  de  função  ou  emblemáticos;
            quando de função, ou cargo, estabelece relações litúrgicas de Ofício. O Obreiro que não esteja
            exercendo as funções que indicam suas insígnias, em posto ou em assessoria, não deveria, por
            lógica formal, com elas estar revestido.



                  A Insígnia emblemática da Loja é o Estandarte; os Paramentos do Venerável de Honra, ou
            ex-Venerável imediato (Past Master) é, também, emblemático, pois, não designa cargo ou Ofício
            e  sim  título,  qualidade,  benemerência;  os  paramentos  do  Venerável  Mestre  embora  firmem
            cargo e encargo é, também, emblemático, pois, o Venerável Mestre representa o Sol da Loja, a
            Sabedoria  e,  principalmente,  a  imparcialidade.  Justamente  por  isto  é  que  o  Past  Master  e  o
            Venerável Mestre quando em visita, convidados ou convocados se apresentam revestidos com
            seus Paramentos.


                  E é exatamente este o ponto: alguns, felizmente poucos, mas, formadores de opinião,
            estão mais interessados em aparecer com seus Paramentos Azulões do que trabalhar para o
            engrandecimento de sua Loja e, por extensão da Maçonaria como Construtora Social.






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