Page 15 - Portefolio-Pedro Guedes
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                                   ESTAÇÃO INTERMODAL DE GUIMARÃES (2015)

                  Realizado no âmbito da cadeira de projeto do terceiro ano, cujo tema e foco de trabalho são a
                  introdução ao pormenor construtivo, o estudo e aplicação de estruturas e pormenorização
                  de vãos. O projeto propõe uma nova estação de serviços ferroviários e viários de Guimarães.
                  Situado na zona norte da cidade, onde actualmente se situa a estação ferroviária existente,
                  o projeto procura albergar um número elevado de programa de forma funcional e fluida.
                  Desenvolvido segundo uma lógica longitudinal, acompanhando a encosta acentuada e abrin-
                  do-se para a rua o desenho do edifício apresenta um caracter robusto no entanto com alguns el-
                  ementos mais delicados como é exemplo da sua pala, criando assim um contraste inquietante.
                  A cobertura funciona como elemento unificado dos dois volumes, o seu arranque é feito á
                  cota do chão ligado á praça e marcado por uma enorme escadaria. Elemento que não tem
                  apenas como função elevar-nos à cobertura, mas pela sua escala e relação direta com a praça
                  representa um espaço de estar, convívio onde dominamos visualmente o resto do lugar.
                  O corpo de maior escala do projeto funciona como um grande “pavilhão”, um espaço
                  caracterizado pela sua grande escala e por não ser dependente dos pequenos volumes
                  que contem programa tal como bilheteiras, apoio ao cliente, escritórios,(…) estas “caixas”
                  pousadas num enorme salão dão uma leitura bastante sóbria e fluida ao interior o que
                  facilita circulações e organização espacial. Embora a fachada nos remeta a assumir que
                  tem apenas um piso, no seu interior existem dois, o inferior em contacto com as linhas
                  ferroviárias e no piso superior o cais de embarque rodoviário e seu respectivo programa.
                  A materialidade do edifício procura seguir a mesma logica da volumetria, tendo assim o
                  volume mais pequeno, muito térreo de onde nasce a cobertura, feito de betão branco,
                  que arranca do solo e se debruça numa grande pala que envolve todo o edifício. O se-
                  gundo volume é o grande corpo, este feito de tijolo e ferro, muito associado ao desen-
                  ho das arcadas e das grandes construções ferroviárias e industriais do século passado.
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