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planeja se mudar para um chalé nas montanhas na Europa e
mandar seus filhos para uma escola multilíngue na França.
Sucesso gera sucesso.
Ela teve mais medo em Cingapura, e, em retrospecto, foi
onde menos teve razão para se preocupar (ela foi com os
filhos para a África do Sul, entre outros lugares). Ficou
assustada porque era a primeira parada e ela ainda não
estava acostumada a viajar com os filhos. Era percepção, não
realidade.
Robin Malinsky-Rummell, que passou um ano viajando
pela América do Sul com o marido e o filho de 7 anos, foi
alertada por amigos e familiares para não visitar a Argentina
depois das manifestações populares em 2001. Ela fez o dever
de casa, decidiu que o medo era infundado e prosseguiu para
ter bons momentos na Patagônia. Quando dizia a nativos que
era de Nova York, seus olhos se arregalavam e suas bocas se
abriam: “Eu vi na TV aqueles prédios explodindo! Eu jamais
iria a um lugar tão perigoso!”. Não assuma que lugares
distantes são mais perigosos do que sua cidade natal. A
maioria não é.
Robin está convencida, como eu, de que as pessoas usam
os filhos como uma desculpa para permanecer em suas
zonas de conforto. É uma desculpa fácil para não fazer algo
com gosto de aventura. Como sobrepujar o medo? Robin
recomenda duas coisas:
1. Antes de embarcar em uma longa viagem internacional
com seus filhos, pela primeira vez, faça uma viagem teste