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Nº 12 - 4º Trimestre de 2016 - Encarte de  “O Mineral” nº 37


                                Reflexão ‐ Cenário Mineral Atual

                                  Nos últimos anos o segmento de prospecção mineral vem acumulando seguidos contratempos. A crise internacional pela qual passa a
                           mineração, a indefinição no gerenciamento político que o setor necessita, o atraso na implantação de um marco regulatório do setor e as questões
                           políticas recentes pelas quais o Brasil vem passando são as principais causas desse retrocesso e poucas foram as notícias positivas no setor mineral
                           este ano.
                                  Uma série de questões financeiras nacionais e internacionais forçaram o setor de mineração a passar por uma séria crise a partir de 2008.
                           Dívidas do setor privado para o setor público ocasionaram diversos problemas de crescimento, o PIB da mineração do país vem sendo considerado
                           relativamente baixo ao ser comparado com outros setores nacionais.
                                  A influência chinesa no mercado mineral mundial provocou uma abrupta queda em todas as commodities minerais. Ao se analisar o merca-
                           do de cotações minerais pode-se perceber que a situação ainda é bastante complicada para países como o Brasil cuja matriz extrativa mineral necessi-
                           ta urgentemente de inovação tecnológica, renovação, investimentos, fatores que no atual cenário político estão muito distantes de serem alcançados.
                                  Quando se analisa as principais commodities minerais percebe-se que a maioria de suas cotações apresentam variação negativa quando
                           comparadas a igual período de 2015.
                                  As maiores perdas são entre os minerais metálicos não-ferrosos, exceção apenas para o zinco que mostra ganhos de 3,06%, porém para o
                           minério de vanádio com 51,62%, seguido do minério de níquel com 22,20% e cobre com 14,55%, estas quedas nas cotações representaram uma forte
                           retração na produção mineral brasileira, principalmente no Estado da Bahia.
                                  Entre os bens minerais de baixa demanda este cenário é inverso, ou seja, apresentam ganhos entre 5 e 7%, como é o caso do cobalto com
                           6,89% e do molibdênio com 5,34%. Exceção para o minério de titânio que mostra perdas de 6,40% em relação a igual período de 2015. Para os mine-
                           rais classificados como metais preciosos, ouro e prata apresentam ganhos de 8,80% e 7,81% respectivamente, diferentemente de platina com queda
                           de 7,71% e paládio com perda de 13,68%.
                                  É primordial, portanto, que o país aumente significativamente os investimentos em prospecção e exploração para ampliar e diversificar a
                           produção mineral. Na dinâmica global da geração de novas jazidas, os investimentos mundiais em pesquisa mineral deveriam destinar-se a países
                           como o Brasil, Índia, Chile e África do Sul e para que isso possa ocorrer é condição essencial o desenvolvimento de políticas amigáveis ao capital de
                           risco.
                   Produção Mineral Brasileira –2016             Os 10 maiores da Produção Mineral Baiana 2011 a 2016

























             Fonte: DNPM                        Elaboração: CBPM/GEMAM   Fonte: DNPM                  Elaboração: CBPM/GEMAM






















                  Fonte: DNPM                                                                 Elaboração: CBPM/GEMAM
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