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Diogo Faria                                                   FRAGMENTA HISTORICA


                                                      trouxe o treslado da Carta do Sultão. Esta carta
           Neste  anno  de  1521  falleceu  El  Rey  Dom   e o treslado tras Goes, parte 1ª, cap. 93, fl. 93
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           Manoel e diz Goes, parte 4ª, cap. 83, fl. 104    ate fl. 95  – veyo em 1505, Despediose em
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           que estavão em Lisboa Embaixadores de quazi   Junho do mesmo anno.
           todos  os  Reys  e  Principes  da  Europa  e  do
           Summo  Pontiffice  e  tambem  de  muitos  Reyz   Lopo Furtado de Mendonça foi mandado por El
           de  Africa  e  Azia,  porem  de  nenhum  declara   Rey de Castela a Portugal para ajustar algumas
           os nomes .                                 differenças  que  entre  o  Estado  Ecleziastico
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                                                      e secular havia em Hespanha e se havião de
           Pedesse ingenuamente toda a noticia do tempo   tratar no Concilio de Piza. Assim o diz Goes,
           em que vierão estes Embaixadores a Portugal   porem deve de ser o Concilio Lattaranense que
           ou  se  expedirão  e  tambem  a  confirmação  se   o de Piza era junto cos Cardeais Scismaticos e El
           vierão  ou  não,  os  seus  nomes,  ou  titulos,  a   Rey Cattolico e o de Portugal não se apartarão
           forma em que derão suas Embaixadas, que    da obbediencia do Pontifice e consta isto ser
           negocios tratarão, alem dos que se apontão,   verdade  por  cartas  originaes  del  Rey  Dom
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           com  que  deficuldades  e  sucesso,  com  quem   Manoel.  Goes,  parte  3ª,  cap.  23,  fl.  47   –
           conferirão as respostas que se lhe derão e   veyo em 1511, Despediose.
           merces que lhe forão feitas e finalmente tudo
           o que  parecer  util  para  a  composição  das  El  rey  Henrrique  8º  de  Inglaterra  mandou
           memorias.                                  Ordem  da  Gorrothea  a  El  Rey  Dom  Manoel,
                                                      não se declara por quem. Como tambem
           [fl.  22]  Menistros que de diversos Reynos   constando que no tempo del Rey Dom Manoel
           vierão a Portugal dos quais ou se ignora o   sempre houve amizade entre estas duas
           carater ou vierão sem elle                 Coroas. E sendo estes dois [Reys] cazados com
                                                      duas irmãs não se acha me[moria] de nenhum
                                                      Embaixador que de hum ou outro Reyno fosse
           Hum  Famalliar do Papa Alexandre 6º trouxe  mandado – Anno de 1511.
           a  El  Rey  Dom  Manoel  a  Espada  e  carapuça
           que os Papas costumão benzer e mandar aos
           Principes quando delles recebe algum grande   [fl. 22v] Frei Vicente veyo a Lisboa com cartas
           serviço e parece  que  foi  por lhe agradecer  do papa Julio 2º e Credito para que com hum
           as  boas  admoestações  que  lhe  fez  por  seus   breve seu suspendese outro pello qual fazia
           embaixadores. Goes, parte 1ª, cap. 34, fl. 27 .   Cardeal a petição del Rey Dom Manoel a Dom
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           Não  sei  com  que  carater  –  veyo  em  1499,   Martinho da Costa Arcebispo de Lisboa. Goes,
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           Despediose.                                3ª parte, cap. 23, fl. 48  – veyo 151[11].

           Frei Mauro  Hispano  guardião do Monte Sion   Hum frade de São Francisco veyo ocultamente
           veyo a Lixboa com cartas do Papa Jullio 2º em   fallar no Cazamento da Infanta Dona Beatriz
           que mandava pedir concelho e parecer a El Rey   com  o  Irmão  do  Duque  Carlos  de  Saboya  a
           Dom Manoel sobre queixas que lhe escrevia   que elle queria fazer deixação de seus Estados
           o sultão da guerra que se lhe fazia na India e  porem nem huma couza nem outra teve effeito.
           LXXXI, pp. 193-194.
           97  Damião de Góis, Crónica do Felicíssimo…, vol. IV, cap.
           LXXXIII, pp. 195-197.                      100  Damião de Góis, Crónica do Felicíssimo…, vol. I, cap.
           98  Na margem direita, com outra letra e outra tinta:  XCIII, p. 201.
           “o  nuncio  parece  que  era  Uberto  Ganudra  [palavras   101  Damião de Góis, Crónica do Felicíssimo…, vol. III, cap.
           riscadas] […]”.                            XXIII, pp. 87-89.
           99  Damião de Góis, Crónica do Felicíssimo…, vol. I, cap.   102  Damião de Góis, Crónica do Felicíssimo…, vol. III, cap.
           XXXIV, pp. 65-66.                          XXIII, pp. 87-89.


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