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MEU NOME É ANNA ROSA, tenho 13 anos. rio. Como moro com meus avós, sei da minha responsabilida-
Acho que para muitos adolescentes como para mim, está sen- de para com eles. Como qualquer outro jovem, fico chateado
do bem difícil viver esse tempo, sem ver os amigos e sair. Te- de não poder sair com meus amigos, jogar meu futebol. Hoje
nho a esperança de que tudo acabe logo, volte ao normal, para o futebol só pelo Rocket League. Fico pensando até quando
a minha vida de antes o mais rápido possível. tudo isso vai durar. Vejo muitos dos meus amigos lamentando
a situação financeira de seus pais, alguns tiveram que fechar
MEU NOME É GABRIELA, GABI. Tenho 13 anos. seus negócios. Eu espero que possamos voltar para a escola e
A pandemia tem sido um momento muito difícil para todos que nossos pais possam voltar a trabalhar. Precisamos acredi-
nós. Não podemos frequentar a escola, não podemos ver nos- tar que tudo vai passar.
sos amigos com a mesma frequência e temos que sair sempre
de máscara. Esse ano me senti muito sozinha, e sinto muita MEU NOME É FLÁVIA, tenho 15 anos.
saudade de como tudo era. Mas tenho esperança de que aos A pandemia para mim, tem sido um tempo de muito apren-
poucos, tudo vai voltar ao normal e daqui a pouco vamos dizado. No começo eu fiquei com muito medo, a distância dos
voltar a fazer tudo que fazíamos antes. Sem máscara, porque meus amigos, não poder ir à escola. Mas decidi que mesmo
isso não é normal! longe não iria perder o contato com eles. Tenho esperança de
que aos poucos tudo vai voltar a ser como era antes. Não quero
MEU NOME É LUCA, tenho 15 anos. ficar presa a máscaras e impedida de dar um abraço.
Essa pandemia está servindo para que a gente dê mais valor à
escola, eu sinto muita falta de ir para lá. Também estou muito MEU NOME É JOÃO GABRIEL, tenho 13 anos.
mais ansioso em relação a tudo, ao futuro principalmente. Na minha opinião a pandemia nos fez refletir sobre o que so-
Espero que tudo volte ao normal em 2021. Espero que te- mos capazes e incapazes. As pessoas ficaram em casa presas,
nhamos liberdade. não podiam visitar amigos e parentes, pessoas de risco. O me-
lhor, por enquanto, é seguirmos as orientações, ficarmos em
MEU NOME É RICARDO, tenho 14 anos. casa até tudo isso passar.
A minha opinião a respeito de todo o contexto mundial de
pandemia e diversas incertezas que estamos vivendo é que MEU NOME É ARTHUR, tenho 13 anos.
tudo que acontece tem um propósito. Acho que dessa vez o Vejo essa pandemia como um jogo. Não conhecemos o ad-
mundo pede um momento de pausa e reflexão. A pandemia só versário 100%, ele muda de tática a cada ataque. Dessa forma
trouxe coisas ruins, pânico, transtornos, medo, mortes e muitas nossa defesa é quase impossível. Não podemos correr para o
outras coisas. A pandemia me fez repensar várias coisas e prin- ataque, estamos confinados do lado de cá do nosso campo.
cipalmente, aprender a dar mais valor na vida e nas pessoas. Diferente do jogo onde temos que usar um uniforme, nesse
E essa pandemia reforçou também, que todos somos iguais, somos obrigados a usar uma máscara. Que joguinho chato!
não importa, estamos todos no mesmo barco e precisamos um
dos outros. Minha esperança é que a vacina contra a Covid-19, MEU NOME É ALANA, tenho 20 anos.
saia logo, ela é a única capaz de acabar com essa crise mundial; Eu vim estudar Engenharia Civil em Portugal. No início foi
para que a vida possa voltar ao normal, como sempre foi e tudo novidade, mas não demorou muito e a pandemia chegou.
todos nós reclamávamos. Acho que um dos principais ensina- Ficar longe da família foi bem complicado, principalmente
mentos que essa pandemia trouxe foi ser grato e dar valor a nesse momento. Como todos ao meu redor achei que ia acabar
tudo, absolutamente tudo. rápido toda essa onda, mas o que aconteceu foi completamen-
te ao contrário. Ficar isolada, muito tempo, longe das pessoas
MEU NOME É MARIA JÚLIA, tenho 19 anos. que sempre estiveram comigo tem sido uma aventura sem fim.
Neste tempo de pandemia foi nítida a falta de empatia das pes- Tenho muitas responsabilidades a serem cumpridas, muitas
soas. Um tempo que é necessário tomar cuidado não só consi- roupas para serem lavadas, dobradas e guardadas, louça para
go mesmo, mas com o outro. Muitas pessoas só conseguem se lavar... Acho que já deu para entender minha rotina. Durante
preocupar com festas, viagens e outras coisas que representam a quarenta não fui à faculdade, não conseguia ver os amigos
risco de contágio, não querem perder a vida de antes. Para as que fiz nesse período e tudo foi ficando mais complicado e
pessoas que se abateram, que ficaram mais em casa, saindo triste. Mas como já dizia a filósofa Dory de Procurando Nemo
apenas para o necessário, está sendo um tempo cada vez mais “Continue a nadar, nadar, nadar! Para achar a solução...”. Eu
difícil. Um trabalho individual não surtirá resultado. continuo na expectativa pela chegada de uma vacina, para que
todos possamos viver o nosso novo normal, para que eu possa
MEU NOME É GABRIEL AFONSO, tenho 18 anos. sair com meus amigos, voltar à faculdade presencial e viajar
Tenho ficado mais em casa, saio apenas para o que é necessá- bastante, incluindo obviamente o Brasil.
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