Page 190 - REVISTA MULHERES EDICAO 28 JUN 23 (1)_Neat
P. 190

Cris passou apenas uma semana no país e ficou num hotel
                                                     bem no centro de Dublin (capital). Observador como só, en-
                                                     cantou-se pela arquitetura local. “As casas são bem parecidas
                                                     umas das outras, com tijolinhos aparentes e muros baixos”,
                                                     explica. O que muda é a cor das portas e isso é um fato inte-
                                                     ressante. O motivo é uma mistura de lendas e superstições.
                                                     Uma delas refere-se ao fato de alguns homens chegarem bê-
                                                     bados dos pubs e baterem nas portas erradas. Com a cor, é
                                                     mais fácil achar a própria casa.
                                                        Por falar em lendas, a Irlanda é rodeada de mistérios. O
                                                     mais famoso deles é sobre o porquê de o país não possuir
                                                     cobras. Saint Patrick (São Patrício, em português) teria as per-
                                                     seguido e jogado no mar. Desde então, nenhum animal raste-
                                                     jante foi visto no território. Em agradecimento, os irlandeses
               Café irlandês criado pelo Cris
                                                     criaram um feriado e uma festa para o santo, o St. Patrick’s
                                                     Day, que acontece no dia em que ele faleceu, 17 de março. Cris
                                                     e a irmã, a diretora de operações Amanda Bizzinotto, quise-
                                                     ram participar da comemoração e, por isso, escolheram viajar
                                                     para Dublin em março. “É uma parada, tipo Sete de Setem-
                                                     bro, com participação de escolas, polícias e mais um monte de
                                                     gente e causas”, afirma. O desfile dura cerca de duas horas, é
                                                     bem cheio e percorre as ruas que rodeiam o rio Liffey, um dos
                                                     cartões-postais da cidade.
                                                        Desfile finalizado, é hora de começar a beber. E haja álco-
                                                     ol! As bebidas são vendidas nos pubs, bares tradicionais da
                                                     Europa que são bem diferentes dos estabelecimentos brasi-
                                                     leiros a começar pela decoração. “Em um que fui, tinha tantos
                                                     quadros, bandeiras e adereços que era impossível ver a pa-
                                                     rede”. Era tudo muito: muita história, muitas bebidas, muita
                                                     gente de todo canto, muita alegria. O Cris tomou dois tipos de
                                                     cervejas – a Guiness, que é preta, encorpada, amarga e típica
                                                     da Irlanda e uma de morango, distinta e deliciosa por sinal.
                                                     Uma curiosidade é que não há cobrança de couvert artístico.
                                                     De pub em pub, com muita animação, moradores e turistas
                                                     passam o dia e a noite. O povo se fantasia com verde e laranja,
                Melhores queijos que o Cris já       as cores da bandeira irlandesa, pinta o rosto e festeja. Uma
                comeu na vida
                                                     farra só!
                                                        Como um bom turista e amante da gastronomia, além de
                                                     beber, Cris aproveitou para conhecer a culinária local e comer
                                                     bem! Ele se deliciou com o tradicional café da manhã irlan-
                                                     dês, composto por salsicha, bacon, ovo, tomate, batata, cogu-
                                                     melo, bolinho de sangue fervido e torrada com feijão adoci-
                                                     cado. Uma dica bem legal é investir em tours gastronômicos.
                                                     Ele fez dois. Em um deles, comeu entrada, prato principal,
                                                     sobremesa (tudo típico) e até fez o próprio café irlandês! “Fiz
                                                     com café, açúcar mascavo, whisky e creme. Ficou forte, mas
                                                     muito saboroso!”. No entanto, uma das maiores recordações é
                                                     o jantar no restaurante Patrick Guilbaud, local premiado com
                                                     duas estrelas pelo Guia Michelin, que avalia restaurantes em





                                             Noite fenomenal durante o Saint Patricks


               190 - Mulheres Ed. 28. 28
               190 -  Mulheres Ed                                                                                                                                                                                              Mulheres Ed. 28 - 191
   185   186   187   188   189   190   191   192   193   194   195