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RACISMO                               LÍDIA LÚCIA DE OLIVEIRA
                                       Ativista da Causa Antirracista




                      Racismo estrutural é uma forma de organização
 ESTRUTURAL        da sociedade que beneficia uma etnia específica, ao
                   passo que oprime e explora a outra.
                      No caso do Brasil, devido ao processo histórico
                   de colonização e escravidão que durou mais de três
                   séculos, a população branca é privilegiada e a negra
                   desmerecida. Trata-se de um processo sutil e com-
                   plexo, que muitas vezes pode passar despercebido
                   pela maioria, criando inclusive, a perspectiva falsa
                   de que “não existe racismo no Brasil”.  No entanto,
                   basta analisar a diferença de representações sociais
                   entre a população branca e negra para observar que,
                   na verdade, está bem explícito.
                      Citando  Nelson  Mandela:  -  “Ninguém  nasce
                   odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua
                   origem ou ainda por sua religião.  Para odiar, as
                   pessoas precisam aprender, e se podem aprender a
                   odiar, podem ser ensinadas a amar”.
                      O preconceito com o negro é um mal que afeta
                   a vida em sociedade, pois são várias as consequên-
                   cias vislumbradas em vítimas de atos discriminató-
                   rios, dentre elas a depressão, a baixa autoestima, a
 NO BRASIL         pode ser a arma para combater a desigualdade racial
                   agressividade, desvios comportamentais. A educação

                   após 135 anos da Abolição da Escravatura, servindo
                   de alicerce para oportunidades, empreendedorismo,
                   entender e promover a representatividade.
                      No dia 25 de julho é comemorado o Dia da Mu-
                   lher Negra Latino-americana e Caribenha. A data é
                   lembrete da importância de ter cada vez mais mu-
                   lheres negras como figuras de liderança, abrindo ca-
                   minhos para que a sociedade se torne cada vez mais
                   diversa.
                      Nós, mulheres negras, continuamos sonhando e
                   lutando com o dia em que a cor da pele e a fibra do
                   cabelo não definam um ser humano!
                      Ser uma mulher preta que inspira outra mulher
                   é, sem dúvida, um ato de resistência, pois represen-
                   tatividade importa, define e acolhe.






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