Page 41 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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              o salmista declara:  “Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou,
              e tudo passou a existir”  (SI 33.9).
                     O  que  se  afirma  no  primeiro  capítulo  do  livro  de
              Gênesis é confirmado pela Bíblia inteira. Quando a iniqüida­
              de dos homens antediluvianos chegou à medida plena, Deus
              anunciou:  “Estou para derramar águas em dilúvio sobre a
              terra para  consumir  toda  carne  em  que  há  fôlego  de  vida
              debaixo dos céus;  tudo o que há na terra perecerá”;  e,  em
              cumprimento disso,  lemos:  “No ano  seiscentos da vida de
              Noé,  aos  dezessete  dias  do  segundo  mês,  nesse  dia
              romperam-se  todas  as  fontes  do  grande  abismo,  e  as
              comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre
              a terra durante quarenta dias e quarenta noites”  (Gn 6.17 e
              7.11,12).
                     Veja o absoluto e soberano controle de Deus sobre a
             matéria  inanimada,  em  relação  às  pragas  sobre  o  Egito.
              Mediante uma ordem dEle, a luz se transformou em trevas,
             e o rio em sangue; choveu granizo e a morte desceu sobre a
             ímpia terra do Nilo, até que seu orgulhoso monarca foi forçado
             a clamar por socorro. Note-se especialmente como o registro
             inspirado  salienta  o  absoluto  controle  de  Deus  sobre  os
             elementos da natureza — “E Moisés estendeu a sua vara para
             o céu; o Senhor deu trovões e chuva de pedras, e fogo desceu
             sobre a terra;  e fez o  Senhor  cair  chuva  de  pedras  sobre  a
             terra do Egito. De maneira que havia chuva de pedras, e fogo
             misturado com a chuva de pedras, tão grave, qual nunca houve
             em toda a terra do Egito,  desde  que veio  a  ser uma nação.
             Por toda a terra do Egito a chuva de pedras feriu tudo quanto
             havia no campo, tanto homens como animais; feriu também a
             chuva de pedras  toda planta do  campo,  e quebrou todas  as
             árvores do campo. Somente na terra de Gósen,  onde estavam
             os filhos de Israel, não havia chuva de pedras” (Êx 9.23-26).
             A mesma distinção se observa em relação à nona praga: “Então
             disse o  S e n h o r  a Moisés:  Estende a tua mão para o  céu,  e
             virão  trevas  sobre  a  terra  do  Egito,  trevas  que  se  possam
             apalpar.  Estendeu, pois,  Moisés a mão para o céu,  e houve
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