Page 16 - Propedeutica Geral - Caso 5
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diagnóstico e é fortemente caracterizada pela presença de fadiga intensa de pelo
menos seis meses de duração (ZORZANELLI, 2010).
A SFC possui uma série de sintomas, tais como sono não reparador; mal-estar
intenso e prolongado após exercício físico; dor muscular; dor em várias articulações,
sem inchaço ou vermelhidão; um tipo padrão ou intenso de cefaleia; prejuízo na
memória de curto prazo e na concentração, a ponto de afetar aspectos do
funcionamento global; dor de garganta; sensibilidade aumentada nos linfonodos
cervicais ou na axila. Diante disso, o paciente deverá apresentar ao menos quatro
sintomas supracitados, simultaneamente, para diagnosticar a síndrome (WIELENSKA;
BANACO, 2010).
Assim, o cansaço relatado pela paciente é bastante comum em pessoas que
apresentam tal estado mórbido e esse sintoma pode piorar com a prática de atividades.
A SFC poderia justificar a falta de vontade na realização de atividades do dia-a-dia e
a sensação de desfalecimento.
Gravidez
Segundo Pugh e Milligan (1995), a fadiga na gravidez é um dos grandes relatos
anedóticos descritos por mulheres no primeiro trimestre de gestação, juntamente com
sintomas depressivos e níveis de ansiedade elevados. Caso ignorada, a fadiga
durante a gestação pode causar exaustão, oferecendo riscos à qualidade de vida da
gestante e do feto.
Chatur et al. (2019) aponta que, dentre as queixas feitas por gestantes com
média de 30 anos, as mais recorrentes são náuseas, vômito e fadiga. A fadiga está
presente durante todo o período da gestação, tendo índices de qualidade de vida
relacionada à saúde baixa tanto em questões físicas, quanto mentais, explicando o
aparecimento de sintomas depressivos. A presença de sintomas e o impacto da baixa
qualidade de vida podem afetar a mulher em estágios de gravidez inicial, diminuindo
sua habilidade de lidar com as demandas do trabalho, e ou atividades diárias.