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OS  DIAS  DE  NOSSA  VLDA

            Os  dias  de  nossa  vida  têm  que  ser  pautados  pelo  equilíbrio,  controle,  transformação
            contínua, aceitação, paciência e, não posse.
            Na  medida  em  que  o  homem  se  adianta  em  seu  desenvolvimento  espiritual,  perde
            aparentemente a liberdade de fazer aquilo que em uma etapa anterior lhe parecia lícito.
            Cada vez que a alma amplia seu estado de consciência, sente uma grande expansão interior,
            porque alcança uma realização,  uma visão mais completa do mundo e da vida; redescobre
            os  seres  e  o  meio.  Essa  experiência  lhe  dá  uma  grande  plenitude  interior  e  uma  nova
            maneira, mais pura de pensar, de sentir e de viver o amor, o amor a Deus.
            O equilíbrio ocorre, à medida que o  homem vai  se desenvolvendo espiritualmente,  dando
            um alcance mais Universal a seus pensamentos e compreensões
           Com o controle, o homem vai alcançando liberdade interior na medida que se vai  fazendo
            dono de sua mente e de seus sentimentos.  Se o pensamento e o sentimento não obedecem à
           sua vontade,  ele não é livre.  Não sendo  livre,  não  sabe o que é,  e nem  quem é,  e portanto
           não  tem  controle,  não tem  domínio.  Controle  parcial  ou  ocasional,  não  é  controle,  é  um
           hábito de comportar-se de uma determinada maneira em cada ocasião.  Só a obediência faz
           com que o homem se controle permanentemente.
            A  transformação  deverá ser  contínua,  para que o homem  possa ser em  cada  instante da
            sua  vida,  um  novo  ser,  com  sua  mente  enriquecida  pelas  novas  experiencias,  onde  seu
            corpo, em processo contínuo de transformação, faz que ele seja sempre atual
            Sendo  a  vida  dinâmica,  ele  não  poderá  evitar  as  mudanças.  Quando  resiste,  quando  não
           aceita, subtrai-se ao ritmo vital, cristalizando-se:  morre.
           Nenhuma realização é definitiva, meta alguma é final.
           Uma experiência por mais extraordinária que seja,  é  só um  degrau  na cadeia  das  infinitas
           experiências humanas.
           Aceitação  diária  =  aceitar não  é resignar-se passivamente  ante  o  que  se  crê  inevitável.
           Não é inércia frente à vida
           Se o homem não se esforça, nunca terá oportunidade de entender os problemas diários
           Sem aceitar, a ação é uma reação.
           E comum aceitar a parte agradável da vida e rejeitar a que faz sofrer.  Aceitar é a aceitação
           plena da existência, é o equilíbrio
           Aceitar é não queixar-se.  Queixar-se é viver diariamente  como  um  espectador;  é  situar-se
           fora da vida. E viver na ignorância.
           Aceitação é fé.  A fé está além do crer ou do não crer.  A fé transcende as  crenças.  O viver
           diário é, por si, um ato de fé.
           Aceitar é amar. É compreender, é unir-se, é incluir tudo na alma:  a vida, os seres, o devenir.
           A paciência -  diariamente o homem vive aguilhoada ao tempo. E o que não pode segurar:
           porque já foi e está além do alcance de suas mãos, ou porque ainda não é, e representa uma
           incógnita.
           Paciência é aceitar o tempo. Só ela vence o tempo.
           Aceitar o tempo  é compreender o  dia  a  dia  de  nossa  vida.  Ao não  aceitar o  tempo,  não
           participa do ritmo da vida.
           Paciência é dar a cada alma seu tempo
            Cada alma tem um ritmo diferente, que é seu, e que deve ser respeitado.  Quando se força a
            todos a caminhar com o mesmo passo, detém-se alguns e arrastam-se muitos.
            Cada alma deve aceitar seu próprio ritmo.
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