Page 48 - Revista SINOP correta
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daria. Não é possível saber, entretanto, como o dízimo seria dado nem
quem o receberia em nome de Deus. .
É provável que o dízimo fosse um elemento esporádico na tradição
religiosa dos patriarcas, ligado à necessidade de “retribuir” a Deus as
suas dádivas, como na vitória em uma batalha, ou no sucesso em uma
jornada importante. Seria, então, uma maneira de demonstrar gratidão a
Deus e de reconhecer seu direito soberano sobre os sucessos da vida.
O DIZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO .
O inadimplemento do dízimo no Antigo testamento era considerado
como roubar a Deus (Ml 3:8,10), devido ao reconhecimento de que tudo
pertence a Ele (SI 50). Deus agradou-se em dar a Israel uma terra e
abençoá-lo com prosperidade material. Assim, o dízimo também era
um símbolo da gratidão a Deus pela sua generosidade (cf. as atitudes
de Abraão e Jacó). .
Ainda mais, uma vez que os dízimos serviam para o sustento dos
levitas e para a assistência social, assim era um ato de adoração ao
Senhor de toda terra e único autor de toda seara. .
O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO .
Os preceitos mudam ou desaparecem, todavia os princípios são
imutáveis e permanentes. Nos patriarcas o dízimo ocorre não em
função do preceito ou mandamento, mas em razão do reconhecimento
do princípio da bondade e dependência divina (Gn 14.20; 28.22). .
O dízimo é mencionado por Jesus na bíblia quando condena os
fariseus que eram rigorosos quanto a entrega dos dízimos: “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho”. Entretanto, ao mesmo tempo Ele declarou:
“desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mt 23.23).
Jesus não está aqui reprovando a entrega dos dízimos, mas a entrega
com a motivação errada. “A condenação dos fariseus achava-se não no
fato de entregarem o dízimo das ervas, mas sim no seu zelo por
bagatelas e na sua negligência pelas coisas mais importantes como a
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