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no sentido de criar uma Escola Superior de Agronomia em
Bento Gonçalves.
Três meses depois aconteceu o Golpe de Estado que
encerrou o governo do Presidente João Goulart e em 1967 o
gaúcho Tarso Dutra foi nomeado Ministro da Educação. Nesse
ano, o Movimento Pró-Faculdade de Agronomia organizou-se e
ganhou o amplo apoio do poder público, entidades de classes,
veículos de comunicação e representações estudantis. A
primeira ação formal nesse sentido foi realizada no dia 27 de
julho, quando foi realizada uma reunião com o propósito de
redigir um memorial que foi enviado ao MEC.
No registro da reunião (Ata N° 1), coordenada pelo
vereador Lucindo Andreola e secretariada pela vereadora
Volcida Dalla Coletta, consta a minuta do texto encaminhado ao
Ministro. O documento, após a saudação de praxe, informa que
os signatários são “sabedores de que esse Ministério pretende
autorizar o funcionamento de uma Faculdade de Agronomia,
adida à Universidade de Caxias do Sul, funcionando no
município de Farroupilha”. Passa, então, a expor argumentos
para que a instituição seja implantada em Bento Gonçalves.
O primeiro deles refere-se aos telegramas enviados em
dezembro de 1963 a diversas autoridades, inclusive ao próprio
Tarso Dutra, na condição de Deputado Federal. Em seguida
foram apresentados dados relativos ao número de alunos
matriculados nas escolas da cidade e a informação de que
grande número de estudantes deslocam-se diariamente a
Caxias do Sul “a fim de frequentarem os diversos cursos
superiores que lá funcionam”.
Na sequência, é citado o seguinte:
c) Para funcionamento dessa Faculdade, Bento
Gonçalves dispõe de magnífica Escola de Viticultura e