Page 56 - Anuário Estatístico da Companhias Abertas 2017/2018

Desempenho setorial Sectorial performance
SIDERURGIA E METALURGIA
Expectativa de recuperação lenta
Osetor de siderurgia e metalurgia viveu mais um ano de dificuldades, reflexo não só da crise econômica interna como também do excesso de oferta no mercado
internacional e redução no consumo de aço, principalmente da China. No Brasil, o cenário econômico mais fraco, somado a um ambiente político instável, impactou negativamente os principais setores relacionados ao segmento de aço, com destaque para o de construção civil, automotivo e de eletrodomésticos.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Aço (IABR), a produção de aço bruto atingiu 30,3 milhões de toneladas, uma queda de 9,2%, e a de laminados caiu 7,7%, ao somar 20,9 milhões de toneladas. O presidente executivo do IABR, Marco Polo de Mello, afirmou que, no ano passado, o setor viveu a pior crise de todos os tempos. “Os segmentos automotivos, de máquinas e equipamentos e de construção civil, que chegam a representar cerca de 80% do consumo de aço no país, tiveram redução drástica em suas atividades”, acentuou.
Para enfrentar a crise as empresas cortaram investimentos, venderam ativos, renegociaram dívidas e reduziram o quadro de funcionários. Apesar dessas medidas, o endividamento total das 11 companhias listadas na B3 registrou um aumento de 10,5%. Ainda assim, este grupo de empresas fechou o ano com alta de 0,23% na receita, que totalizou R$ 120,3 bilhões.
Para 2017, a expectativa dos analistas aponta para uma recuperação bastante gradual do setor. O Instituto Brasileiro do Aço projeta crescimento de 3,5% no consumo aparente (produção interna mais importações, menos exportações) de produtos siderúrgicos e aumento de 3,6% nas vendas.
Siderurgia e Metalurgia Steel and metallurgy
Steel and metallurgy
Expectation
of slow recovery
The iron and steel industry sector has experienced another year of difficulties, reflecting not only the internal economic crisis but also the excess supply in the international market and the reduction in steel consumption, mainly in China. In Brazil, the weaker economic scenario, along with an unstable political environment, impacted negatively the main sectors related to the steel segment, especially the civil construction, automotive and household appliances sectors.
According to the Brazilian Steel Institute (IABR), crude steel production reached 30.3 million tons, a drop by 9.2% and rolled products dropped by 7.7%, amounting to 20.9 million tons. IABR’s CEO, Marco Polo de Mello, said that last year the sector experienced the worst crisis of all time. “The automotive, machinery, equipment and civil construction segments, which account for about 80% of steel consumption in the country, have drastically reduced their activities”, he stressed.
To deal with the crisis, the companies cut investments, sold assets, renegotiated debts and reduced the number of employees. Despite these measures, the total indebtedness of the 11 companies listed on B3 registered an increase of 10.5%. Nevertheless, this group of companies closed the year with high of 0.23% in the revenue, with totaled R$ 120.3 billion.
By 2017 analysts’ expectations point to a fairly gradual recovery in the sector. The Brazilian Steel Institute projects a 3.5% increase in apparent consumption (domestic production plus imports, less exports) of steel products and a 3.6% increase in sales.
2015 (R$ 1.000)
2016 (R$ 1.000)
Var. Real % Actual Var. %
Ativo total Total assets
214.789.205
225.441.461
4,43%
Patrimônio líquido Net worth
92.127.324
-3,65%
Receita líquida Net revenue
119.997.066
88.360.944
120.301.809
0,23%
LAJIR EBIT
Lucro / Prejuízo Net pro t (-loss)
9.515.841
2.883.167
-4.640.409
-11.534.766
-132,89%
-446,72%
Capital de giro Working capital
39.380.517
42.436.623
6,93%
Giro do ativo Asset turnover
0,56
0,53
-
Grau de endividamento Debt to equity ratio
1,33
1,55
-
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