Page 57 - Anuário Estatístico da Companhias Abertas 2017/2018

Desempenho setorial Sectorial performance
TECIDOS, VESTUáRIO E CALçADOS
Perspectivas estão mais animadoras
Depois de dois anos consecutivos com números negativos, o setor de tecidos, vestuário e calçados deve apresentar desempenho melhor em 2017. Ainda assim, segundo
analistas, o resultado deve ser pequeno, pois está condicionado a melhora de alguns indicadores, como renda, emprego e crédito, que devem continuar baixos, mas melhores que os de 2016.
Os analistas destacam que desde o final do ano passado vem melhorando a confiança dos consumidores e dos empresários, o que tende a beneficiar o varejo, principalmente com a queda dos juros e da inflação, o que vem ocorrendo de forma mais acelerada nos últimos meses.
No ano passado, o setor fechou o ano com queda de 10,9% nas vendas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com os preços do vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação, a atividade apresentou desempenho acumulado inferior à média geral do comércio varejista (-6,2%), refletindo o quadro de perda de poder de compra das famílias e elevação da taxa de juros nas operações de crédito às pessoas físicas.
As 16 companhias listadas na B3 registraram em 2016 lucro consolidado de R$ 451,7 milhões, com alta de 7%. Este resultado, porém, não reflete o desempenho deste grupo de empresas, pois foi fortemente influenciado pelo lucro da Grendene de R$ 633,9 milhões (crescimento de 16%), da Alpargatas, de R$ 358,2 milhões (alta de 33%) e da Vulcabrás, que saiu de um prejuízo de R$ 49,9 milhões para um lucro de R$ 35,6 milhões no final do ano passado. A maioria das companhias deste segmento, no entanto, teve prejuízo e outras reduziram fortemente a margem de lucro. Para 2017, os analistas trabalham com uma projeção de crescimento de 2,1 nas vendas dessas empresas.
Tecidos, vestuário e calçados Textile, clothing and footwear
Textile, clothing and footwear
Perspectives are more encouraging
After two consecutive years with negative numbers, the textiles, clothing and footwear sector is expected to perform better in 2017. Still, according to the analysts, the result should be small, as it is conditioned by the improvement of some indicators, such as income, employment and credit, which should remain low, but better than those of 2016.
Analysts point out that since the end of last year the confidence of consumers and entrepreneurs has been improving, which tends to benefit retail, especially with the fall in interest rates and inflation, which has been occurring more rapidly in recent months.
Last year, the sector closed the year with a drop by 10.9% in sales, according to data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Even with clothing prices dropping below the general inflation index, the activity performed less than the general average of retail trade (-6.2%), reflecting the loss of purchasing power of families and a rise in the rate credit operations to individuals.
The 16 companies listed in B3 recorded a consolidated profit of R$ 451.7 million in 2016, with a 7% increment. This result, however, does not reflect the performance of this group of companies, as it was strongly influenced by Grendene’s profit of R$ 633.9 million (16% growth), Alpargatas’ profit of R$ 358.2 million (33% growth), and Vulcabrás’ profit, which passed from a loss of R$ 49.9 million to a profit of R$ 35.6 million at the end of last year. However, most of the companies of this segment suffered losses and others reduced the profit margin sharply. By 2017, analysts work with a growth forecast of 2.1 in these companies’ sales.
2015 (R$ 1.000)
2016 (R$ 1.000)
Var. Real % Actual Var. %
Ativo total Total assets
21.570.664
21.137.523
-1,88%
Patrimônio líquido Net worth
8.211.512
-4,61%
Receita líquida Net revenue
17.107.960
7.807.980
16.799.133
-1,69%
LAJIR EBIT
Lucro / Prejuízo Net pro t (-loss)
1.207.471
420.126
1.307.080
451.795
7,73%
7,06%
Capital de giro Working capital
2.176.485
2.700.712
22,57%
Giro do ativo Asset turnover
0,79
0,79
-
Grau de endividamento Debt to equity ratio
1,63
1,71
-
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