Page 59 - Anuário Estatístico da Companhias Abertas 2017/2018

Desempenho setorial Sectorial performance
TELECOMUNICAçõES
Resultado negativo puxado pela OI
Conforme previsto pelos analistas na edição anterior, dificilmente o setor de Telecomunicações iria reverter, em 2016, o péssimo desempenho registrado em 2015. As seis
companhias com ações listadas na B3 registraram no ano passado prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Grande parte deste resultado foi da OI, que enfrenta um turbulento processo de recuperação judicial com dívidas na casa dos R$ 65 bilhões. O prejuízo da empresa pulou de R$ 5,34 bilhões para R$ 7,12 bilhões no ano passado.
A Telefônica Brasil, depois de amargar uma queda de 27% no lucro em 2015, fechou 2016 com lucro de R$ 4,08 bilhões, o que significou um aumento de quase 20% em relação aos R$ 3,42 bilhões do ano anterior. Já a Tim Participações viu sua margem de lucro despencar de R$ 2,07 bilhões para R$ 750,42 milhões, um recuo de 60%.
Segundo os analistas, as perspectivas do setor para 2017 não são favoráveis, apesar das mudanças na Lei Geral de Telecomunicações ocorridas no ano passado. Segundo eles, a tendência para os segmento de telefonia móvel e fixo é de estabilidade ou queda; o de TV por assinatura pode voltar a apresentar taxas negativas, como ocorreu nos últimos dois anos. Para o segmento de banda larga fixa a previsão é de crescimento menor, enquanto a banda larga móvel é de aumento em função da penetração cada vez maior da tecnologia 4G.
As operadoras, dizem os analistas, terão que se reinventar através de novas ofertas de serviços para enfrentar a forte concorrência externa. “Serviços como vídeos em streaming, soluções de pagamentos móveis e outros deverão ganhar importância para compensar a perda de receita com os serviços tradicionais”, dizem eles.
Telecomunicações Telecommunication
Telecommunication
Negative result pulled by OI
As predicted by the analysts in the previous edition,theTelecommunicationssectorwould hardly reverse, in 2016, the poor performance recorded in 2015. The six companies listed in B3 recorded a loss of R $ 2.2 billion last year. Much of this result was from OI, which faces a turbulent process of judicial recovery with debts of R$ 65 billion. The company’s loss jumped from R$ 5.34 billion to R$ 7.12 billion last year.
Telefônica Brasil, after a substantial drop of 27% in profit in 2015, closed 2016 with a profit of R$ 4.08 billion, which meant an increase of almost 20% compared to the R$ 3.42 billion of the previous year. Tim Participações saw its profit margin drop from R$ 2.07 billion to R$ 750.42 million, a 60% decrease.
According to analysts, the sector’s outlook for 2017 is not favorable, despite changes in the General Telecommunications Law that occurred last year. According to them, the trend for the mobile and fixed telephony segment is of stability or fall; The pay-TV sector may return to negative rates, as occurred in the last two years. For the fixed broadband segment the growth forecast is lower, while themobile broadband is forecasted to increase due to the growing 4G technology penetration.
Carriers, analysts say, will have to reinvent themselves through new service offerings to cope with strong external competition. “Services such as streaming video, mobile payment solutions and others should gain importance to offset the loss of revenue from traditional services”, they say.
2015 (R$ 1.000)
2016 (R$ 1.000)
Var. Real % Actual Var. %
Ativo total Total assets
240.394.041
224.523.338
100.047.533
-6,19%
Patrimônio líquido Net worth
100.830.542
-0,73%
Receita líquida Net revenue
90.410.620
88.709.790
-1,76%
LAJIR EBIT
10.746.408
-678.945
8.055.555
-2.233.846
-23,47%
Lucro / Prejuízo Net pro t (-loss)
-208,27%
Capital de giro Working capital
15.489.904
-33.231.466
-294,78%
Giro do ativo Asset turnover
0,38
0,40
-
Grau de endividamento Debt to equity ratio
1,34
1,20
-
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