Page 9 - Revista Escolha Cuidar Bem_Neat
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6) Por meio da ACP voce pode atuar em qualquer lugar
por Me Antonio Ângelo Favaro Coppe
Minas Gerais
Endereço para acessar seu Currículo Vitae: http://lattes.cnpq.br/3184874549870699
Meu contato com a ACP se deu em 1975, eu tinha 22 anos, entao a minha vida profissional inteira
foi atuando nessa abordagem. Na minha graduaçao, tinha as demais abordagens, mas fui
enveredando pelos caminhos da ACP. De 1980 até 2012 lecionei na PUC MG e sempre envolvido na
ACP. Tive o prazer de receber Wood na minha casa, passar uma semana com a Nataly Rogers e fui me
aprofundando nisso. Por idos de 90 criei um estágio em psicologia hospitalar lá e agora na UNIFENAS
também segui na área hospitalar. Tudo foi acontecendo porque tive experiencia do meu pai com
problemas cardíacos, lá em SP vi uma psicóloga fazendo um trabalho informativo no hospital e achei
interessante. Sempre fiz parcerias com hospitais acompanhando as pós-graduandas de psicologia
hospitalar. Para voce ter ideia, quando comecei, nao existia essas divisoes de jurídica, do esporte, de
avaliaçao que hoje tem na psicologia. Entao, nosso primeiro congresso de psicologia hospitalar foi
muito mais para falar de nossas afliçoes, era um movimento de alguns e contando com a boa
vontade de médicos.
Hoje há muita clareza na classe médica, principalmente do preceptor dos estudantes no hospital, por
exemplo, no Instituto do Coraçao, acompanhei por 15 dias, fatos como quando o médico acreditava
na psicologia hospitalar todos os residentes dele também acreditavam, o oposto também era
verdade. Hoje há uma sistematizaçao maior e a psicologia hospitalar é uma das áreas que mais
emprega psicólogos, mas a formaçao para isso ainda deixa muito a desejar. Pode ser que o projeto
no hospital acontece, abrem concurso para psicologo hospitalar e a pessoa que passou nunca entrou
em um hospital, é concurseira, a vaga é dela, mas o trabalho fica comprometido. O hospital é do
médico, entao nao adianta entrar lá e ficar analisando comportamento de médico, por que a partir do
momento que se faz parceria com eles, anda, e eles podem estar precisando também, nao sao
competidores, e chegando em uma equipe transcisciplinar, em que o paciente é da equipe, nao do
médico. Entao, em situaçoes de transplante, por exemplo, tem um protocolo a ser cumprido pelo
Ministério da Saúde, e inclusive nós da psicologia avaliavamos junto e o chefe de equipe comunica o
resultado para a família. Entao a gente sinalizava para a equipe quando a receptora se diz que
nao aceita receber órgao de pessoa morta, de pessoa negra ou de uma irma que tinha conflitos
emocionais, por exmeplo, dava rejeiçao. Fazer uma cirurgia dessas de grande porte e perder um
órgao é complicado, e a funçao da psicologia em um hospital é ajudar o paciente, que tem que ter
muita paciencia, a se reorganizar diante do que o levou para o hospital, afinal ele nao foi para o
hospital para fazer psicoterapia. O psicólogo em uma equipe hospitalar faz atendimento, o
paciente acaba aderindo e eticamente ambos, psicólogo e paciente, estando a vontade é o
que importa. Pode até dar o nome de plantao, mas nao dá para transpor o modelo clinico da E
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psicologia para dentro de um hospital. A ACP tem o diferencial de oferecer princípios para um O
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profissional no hospital. Com esses princípios voce pode ver ali o que tem de questoes de mundo H
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desse médico e até do medo que o paciente pode ter da equipe. Entao, pode acompanhar tanto o
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médico para dar notícia de óbito e como depois acompanhar a família. Se voce apreende o I
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espírito da ACP voce pode atuar em qualquer lugar. A
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