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FÉ



                  FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA



                  Abordaremos o assunto sobre sete aspectos distintos:

                  I – EPIFANIA – Manifestação do Deus


                  Através da leitura do Antigo Testamento, percebemos as mais diversas formas que Deus escolheu
                  para se revelar aos homens. Ele lhes fala através da visão, da audição, ou do sonho (Gn. 16,7); é
                  reconhecido nos fenômenos da natureza (Ex. 19, 16); está próximo de seu povo, na nuvem e na
                  coluna de fogo (Ex. 14, 24).  Deus se revela aos homens através da criação e da natureza (Sl. 19,
                  1). Revela-se, também como o libertador (Ex. 3,7-12).


                  Em todos esses encontros decisivos de Deus com o seu povo, existe o chamamento e a exigência
                  de uma comunhão, pois Ele se revela como um TU que age, fala, que oferece, salva e conta com a
                  resposta das pessoas.


                  A ênfase se situa, inteiramente, na iniciativa de Deus. Ele se revela quando quer e sua revelação
                  interpela o homem. Quanto mais Deus se faz presente, como ser e criador que é, mais ele faz a
                  criatura existir, ser aquilo que ela é, na sua própria especificidade.

                  Deus não é um simples criador que chama o homem a ser humanidade. Ele quis envolver-se de tal
                  modo com a história humana que ao longo de séculos se foi revelando a nossos pais de muitas e
                  diversas maneiras, por meio dos profetas, para, em dado momento, em plenitude, nos falar por
                  meio do seu próprio Filho (Hb. 1, 1-2).


                  II – CRISTOLOGIA

                  Deus não só fala; Ele mesmo é a Palavra viva de Deus (Jo 1,1) que se fez carne (Jo 1,14). Apareceu
                  alguém na história dos homens, que é o Senhor (Rom. 10,019; e Cor. 12,3); o Enviado – Cristo – a
                  força e a sabedoria de Deus (1 Cor. 1.24), imagem de Deus invisível (Cl. 1. 15), irradiação de sua
                  glória e a expressão exata do seu ser (Hb. 1.3), o Filho de Deus (Lc, 3,21-22;  ...

                  Tudo o que foi anteriormente revelado por Deus, encontra em Jesus o seu cumprimento, pois
                  todas as promessas de Deus recebem n’Ele o seu “sim (2 Cor. 1,20). Nele se manifesta a bondade
                  e a benignidade de Deus (Tt. 3,4); nele a Justiça de Deus se torna visível (Rom. 3.21); nele a graça
                  e a vida são comunicadas aos homens (Rom. 5,6); nele se concretiza a profecia de Isaías (Lc. 4, 16-
                  19).

                  Deus se tornou carne e apareceu como homem (Gl. 3,13). Escolheu uma forma e um lugar de sua
                  revelação escatológica que é insignificância e “fraqueza” (1 Cor. 1,2); a cruz é a forma da epifania
                  de Deus. Já que Deus se revela na cruz, esta revelação só pode ser aceita por uma fé que se deixa
                  “crucificar” (Rom. 6,6) e vê que na fraqueza, a força de Deus se torna perfeita (2 Cor 12,9). E nele
                  brilhou o reflexo da glória do Pai. Jesus foi ressuscitado dos mortos pela força do Pai (Rom. 6,4).
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