Page 3 - Microsoft Word - Fé - Por Paulo Dantas
P. 3

pessoal e social do homem, de tal forma que se torne o valor supremo, o realmente absoluto da
                  vida humana. (CNBB – Estudos nº 41, pg. 100).


                  O Reino de Deus encontra-se na tensão do “já” e do “ainda não”.

                  O Reino de Deus encontra-se no meio de vós (Lc. 17, 20-21) e “o meu Reino não é deste mundo”.
                  (Jo. 18-36-37).

                  V – ESPÍRITO SANTO – espírito de vida

                  Com a ressureição de Jesus começa a grande missão do Senhor glorificado de derramar o Espírito
                  Santo sobre a totalidade dos fiéis, sobretudo, sobre os apóstolos: o espirito de Deus, que o Batista
                  prometera (Mt. 3, 11) de que Jesus mesmo falara (Lc. 24, 49; At.1, 2, 4, 5, 8) e pelo qual suspiram
                  (Lc. 12, 49).

                  O Espírito Santo é a plenitude de tudo o que Deus nos quer dar. Ele santifica, fortifica, ensina,
                  consola, aquece, torna flexível o que é rígido, renova a face da terra, renova os corações e acende
                  neles o rogo do amor de Deus.

                  Jesus nos dá o Espírito Santo (Jo. 16,17).

                  Em Deus há um produzir, um conhecer, um amor, há uma família. O Pai e o Filho vivem uma
                  mesma vida de amor e esse amor se chama Espírito Santo. Em Deus, a amor é alguém: é o Espírito
                  Santo. E Deus derrama sobre nós o seu amor pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rom. 5, 5).

                  A vida e o amor realizam a Comunidade (At. 2, 1-13). O Pai e o Filho se fazem presentes na vida e
                  na história da comunidade através do Espírito Santo (At. 2, 23).

                  Há um só caminho para o Pai: o que passa pelo Filho (At. 1, 8).


                  Há um só caminho para o Filho: o que passa pelo Espírito Santo ( 1 Tes. 1, 5).

                  Por Ele recebemos o espírito filial; falamos “Abba”.

                  Por Ele recebemos o espírito fraterno (1 Cor. 2, 16) e nos tornamos testemunhas, porque Ele em
                  nós produz seus frutos (Gal. 5, 22).

                  VI – ECLESIOLOGIA

                  Pela morte, ressurreição e glorificação definitiva (ascensão), a humanidade visível de Jesus foi-nos
                  subtraída.  Ele deixou-nos sua “humanidade continuada”, a igreja que, em íntima união com Ele, é
                  constituída por Ele, como sacramento fundamental de salvação. Visível em suas estruturas, ela
                  significa e realiza a inviabilidade do amor salvador de Deus. Viver a dimensão eclesial da fé é
                  saber-se salvo pela sacramentalidade da igreja, para ser sinal salvívico para a humanidade.

                  Toda figura histórica da igreja experimentada pelos homens, constitui-se um sinal visível da
                  presença do Reino; entretanto, nenhuma delas identifica-se com o Reino, em sua totalidade:
                  revela-se aqui a dimensão “santa e pecadora” da Igreja (João XXIII).

                  Devido à pluralidade cultural, compreende-se que a maneira de se fazer e ser igreja, hoje, adquira
                  formas diferentes de expressão.
   1   2   3   4