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A atuação de MULHERES na política



              de Uberaba deve ser pautada pelo real


                                    interesse em reduzir




                             DESIGUALDADES







          JJORNALISTA JUBA MARIA
                                                                     uando  se  olha  para  o  cenário  político  atual,  a  fim
                                                                     de se discutir o tema da participação necessária de
                                                             Qmulheres na política, me vem à cabeça o universo
                                                              estranho e mórbido de “Os Cantos de Maldoror”, publicado
                                                              pela primeira vez em 1868 por Isidore Ducasse, o Conde de
                                                              Lautréamont: cenas brutais, por vezes de violência extrema,
                                                              em que os principais temas são a crueldade, a maldade, a co-
                                                              vardia, a estupidez humana, o horror pela mulher. Paisagens
                                                              absurdas ou de gosto duvidoso, partes que parecem plagia-
                                                              das de filmes de terror, com piolhos roendo a pele, crostas e
                                                              escaras da lepra, ignóbeis parasitas. O verdadeiro império do
                                                              grotesco de que fala o professor Muniz Sodré (UFRJ): a esté-
                                                              tica da barriga para baixo, mais relacionada com os dejetos,
                                                              com a escatologia e os excrementos.
                                                                   Excrementos simbolizam o tablado em que algumas
                                                              mulheres montam cenários absurdos em conivência com o
                                                              opressor, deixando que, à maneira de Lautréamont, uma fa-
                                                              mília de sapos fixe residência. Fica o alerta “cuidado para que
                                                              não escape um e venha roçar com a boca o interior da vossa
                                                              orelha”. Não será diferente neste ano eleitoral, “quando os
                                                              sapos serão capazes de penetrar em vosso cérebro”.































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