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o seu grande cabo eleitoral na busca pela única
vaga de senador da República em disputa no
próximo pleito.
Diante do bom desempenho do governo e
do programa Mais Social que entra em execução
imediatamente, o plano de Sérgio de Paula de
fazer cabelo, barba e bigode no pleito eleitoral
de outubro do próximo ano deixa de parecer
megalomaníaco e passa ser visto como plena-
mente plausível.
CÂMARA FEDERAL - Enquanto os dirigentes
Eduardo Riedel da maioria dos partidos correm atrás de poten-
ciais candidatos para completar suas chapas
governo tucano iniciado em janeiro de 2015 e proporcionais – as de candidatos a deputados
que vem sendo apontado como exemplar para federais e deputados estaduais -, o PSDB precisa
todo o país, haja vista que, enquanto muitos fazer uma espécie de seleção, mas agindo com
entes federados padecem pela crise financeira, muita cautela, pois aos escolher aqueles que
Mato Grosso do Sul passa incólume por ela a considera em melhores condições para a disputa,
ponto de o Governo do Estado se dar ao luxo não pode melindrar nomes bons de votos que
de lançar um programa social sem similar no poderão ficar fora por “excesso de contingente”.
país, o Mais Social, que vai beneficiar cerca de Se for mantida a atual legislação vigente que,
100 mil sul-mato-grossenses com um programa pela primeira vez, proibirá coligações proporcio-
estadual de renda mínima. nais nas eleições nacionais, cada partido terá de
Aliás, nos meios políticos, em especial no lançar chapa pura para concorrer às oito vagas de
âmbito dos partidos que dificilmente caminharão Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados.
ao lado dos tucanos, a gritaria já começou. Adver- Nesse cenário, o PSDB, certamente, será o
sários de Reinaldo têm afirmado que o programa, único partido que não enfrentará problemas
embora importante e aprovado por unanimidade para preencher o chapão e seus dirigentes não
pela Assembleia Legislativa, acabará se tornando perderão o sono fazendo contas sobre como
atingir o coeficiente eleitoral mínimo, aquele
número mágico que garante ao partido eleger
seu primeiro deputado e a partir daí sonhar com
Sob o comando o segundo, terceiro e daí por diante.
de Sérgio de Paula, Na eleição de 2018, nenhum dos oito depu-
presidente regional tados federais eleitos de Mato Grosso do Sul
do PSDB, ninguém conseguiu chegar à Câmara dos Deputados com
a própria votação, sendo necessário contabilizar o
esconde o projeto total de votos das legendas e coligações a fim de
tucano de sair da atingir o coeficiente eleitoral – número mínimo
próxima eleição para se garantir uma das vagas. Naquela eleição,
com proporções cada vaga na Câmara demandou um pouco
gigantescas mais de 155 mil votos, número que deverá ser
mantido para a eleição de 2022, podendo ser
um pouco mais ou um pouco menos.
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