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Temática apresentada: Atualmente os
                                          jovens tendem a substituir a leitura por
                                          outras práticas de consumo cultural ligadas

                                          a suportes digitais e a evitar a concentração
                                          que a leitura de uma obra integral exige.
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                 Edição e paginação
                   Paulo Braumann
                      Revisão
                   Paulo Braumann

                                        https://bordalo.observador.pt/v2/q:84/c:770:433:nowe:0:0/rs:fill:860/
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             Texto de opinião:

               Hoje em dia, o consumo cultural é bastante diferente do que era, por exemplo, há uma geração
           atrás. Os jovens, particularmente, tendem a consumir cultura em suportes digitais, provavelmente, de-
           vido à influência do mundo onde vivem e onde cresceram.
               Os adolescentes crescem já com jogos, séries televisivas e filmes. Os livros, embora presentes, têm
           outro papel: uma obrigação. Estes são cada vez mais vistos como um problema do que uma solução.
           A não ser que sejam ensinados, consciente ou inconscientemente, a ler na sua infância, não desenvol-
           vem essa prática. Isso leva a que vejam os projetos escolares e os livros oferecidos no Natal como um
           fardo ou uma deceção, respetivamente. E, enquanto isso, têm os jogos de playstation, aplicações co-
           mo o tiktok, o instagram e outras quantas distrações rápidas ao seu dispor.
               Da mesma forma, evitam a leitura devido à existência de filmes. Estes proporcionam a história de
           forma mais rápida e, por isso, mais acessível. Quando querem ler, mas não têm tempo, por exemplo, a
           sua escolha é o filme. Todavia, apesar dessa acessibilidade, estas adaptações audiovisuais não ofere-
           cem detalhes que complementam a história de maneira única, os quais são encontrados na leitura,
           não oferecem o prazer demorado que ler um livro traz, a quietude das palavras, se assim se desejar,
           apenas é encontrada neles. Sem mencionar a concentração e o compromisso necessários à leitura de
           uma obra integral.

               Sumarizando, muitas das qualidades que uma assembleia de páginas tem não são encontradas
           noutras formas de consumo. Este facto deve ser levado mais a sério e os jovens devem descobrir uma
           maneira de, pelo menos, intercalar outras formas de consumo ligadas a suportes digitais com a leitura
           de um livro. Assim, conseguem ter, talvez, o melhor dos dois mundos.

                                                                                    Leonor Dias, 12º CT1, n.º14





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