Page 27 - CIBERCULTURA: LINGUAGEM, LÍNGUA E VARIAÇÃO
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Há também uma contribuição para os saberes não acadêmicos e,
consequentemente, para a perda do monopólio da universidade. O surgimento da
internet foi um fator chave para o crescimento do ciberespaço. A internet é como
um labirinto com diversas possibilidades de caminhos, que não possuem uma
hierarquização absoluta e está em constante alteração. É impossível percorrer
todos os caminhos deste labirinto, pois nunca teremos acesso a tudo.
Na internet, uma comunicação pode ser feita de diversas formas: por meio de
imagens, textos, vídeos, etc. Na sociedade anterior à escrita, o saber é transmitido
pela oralidade e arquivado na memória. Por isso, antigamente era a comum a
expressão “quando um velho morre, é uma biblioteca que queima.” (LÉVY, 2010, p.
166). Com a escrita, o saber é transmitido pelo livro e quem domina o
conhecimento é o intérprete.
Na cibercultura, o saber está no ciberespaço e é transmitido pelas
“coletividades humanas vivas” (LÉVY, 2010, p. 166). Há, portanto, uma
DESTERRITORIALIZAÇÃO da biblioteca, porém, tem-se um sentimento de
desordem, de caos informacional. Faz-se necessário, então, a criação de
mecanismos para solução dos problemas de orientação e aprendizagem no
ciberespaço.
Dentre os benefícios que o virtual tornou possível, está a EAD, que tem a
capacidade de atingir um maior número de alunos, de diferentes lugares e que sem
o ensino virtual, não teriam condições de estudar. Além disso, torna a educação
mais viável, visto que não é possível aumentar a quantidade de professores na
mesma proporção que a demanda por formação aumenta. Ademais, os cursos EAD
têm um menor custo para as instituições.
Além disso, “a distinção entre ensino “presencial” e ensino “a distância” será
cada vez menos pertinente”, uma vez que o virtual e a tecnologia estão cada vez
mais presentes nas salas de aula presenciais. Tem-se também a aprendizagem
cooperativa.
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