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Educação





                      Poema Quarentena                                   Até aceito a polícia
                      (Moraes Moreira)                                   Mas quando muda de letra
                                                                         E se transforma em milícia
                      Eu temo o coronavírus                              Odeio essa mutreta,
                      E zelo por minha vida                              Pra combater o que alarma
                      Mas tenho medo de tiros                            Só tenho mesmo uma arma
                      Também de bala perdida,                            Que é a minha caneta
                      A nossa fé é vacina
                      O professor que me ensina
                      Será minha própria lida                            Com tanta coisa inda cismo...
                                                                         Estão na ordem do dia
                      Assombra-me a pandemia                             Eu digo não ao machismo
                      Que agora domina o mundo                           Também a misoginia,
                      Mas tenho uma garantia                             Tem outros que eu não aceito
                      Não sou nenhum vagabundo,                          É o tal do preconceito
                      Porque todo cidadão
                      Merece mais atenção                                E as sombras da hipocrisia
                      O sentimento é profundo
                                                                         As coisas já forem postas
                      Eu não queria essa praga                           Mas prevalecem os relés
                      Que não é mais do Egito                            Queremos sim ter respostas
                      Não quero que ela traga                            Sobre as nossas Marielles,
                      O mal que sempre eu evito,                         Em meio a um mundo efêmero
                      Os males não são eternos                           Não é só questão de gênero
                      Pois os recursos modernos
                      Estão aí, acredito                                 Nem de homens ou mulheres

                      De quem será esse lucro                            O que vale é o ser humano
                      Ou mesmo a teoria?                                 E sua dignidade
                      Detesto falar de estrupo                           Vivemos num mundo insano
                      Eu gosto é de poesia,                              Queremos mais liberdade,
                      Mas creio na consciência
                      E digo não a todo dia                              Pra que tudo isso mude
                                                                         Certeza, ninguém se ilude
                      Eu tenho medo do excesso                           Não tem tempo, nem idade
                      Que seja em qualquer sentido
                      Mas também do retrocesso
                      Que por aí escondido,                              Moraes Moreira faleceu em 13 de abril de
                      Às vezes é o que notamos                           2020, no Rio de Janeiro, aos 72 anos em
                      Passar o que já passamos                           decorrência de um infarto.
                      Jamais será esquecido





                             SEDUC – Secretaria Municipal de Educação de Presidente Prudente, SP.
                     Rua Dr. Cyro Bueno, 86. Jardim Cinquentenário, Presidente Prudente, SP – CEP 19060-560.
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