Page 178 - O Sistema da Chave Mestra
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PARTE VINTE E QUATRO
1. Quando os cientistas pela primeira vez puseram o sol no centro do Sistema
Solar e à Terra girando em torno deste, houve imensa surpresa e consternação.
A ideia inteira foi manifestamente tomada como falsa; nada era mais certo
que o movimento do sol pelo céu, e qualquer pessoa poderia vê-lo descer por
trás das colinas ocidentais e se afundar no mar; os eruditos iraram-se e os
cientistas repudiaram a ideia como absurda, mas a evidência finalmente levou
à convicção na mente de todos.
2. Falamos de uma campainha como “um corpo soando”, ainda que sabemos
que todas as campainhas podem fazê-lo, é a produção de vibrações no ar.
Quando estas vibrações vêm à razão de dezesseis por segundo, elas fazem que
um som seja ouvido na mente. É também possível que a mente ouça vibrações
até de 38.000 vibrações por segundo. Quando o número aumenta muito além
disso, tudo é silêncio outra vez; de modo que sabemos que o som não está na
campainha, está em nossa própria mente.
3. Falamos e até mesmo pensamos no sol como
“dando a luz.” Porém, sabemos que simplesmente 242
O Sistema da Chave Mestra – Charles Hanael
está emitindo a energia que produz vibrações no éter à razão de quatrocentos
trilhões por segundo, causando o que chamam de ondas velozes, e o que
chamamos de luz é simplesmente uma forma de energia e que é a única luz
que há ali é a sensação causada na mente pelo movimento das ondas.
Quando o número aumenta, a luz muda de cor, cada mudança na cor é
causada por vibrações mais curtas e mais rápidas; de modo que ainda que
falemos da rosa que é vermelha, da erva que é verde, ou do céu que é azul,
sabemos que as cores existem somente em nossa mente, e são as sensações
experimentadas por nós como resultado das vibrações de ondas velozes.
Quando as vibrações se reduzem a abaixo de quatrocentos trilhões por
segundo, não nos afetam, mas como luz, porém, experimentamos a sensação
de calor. É
evidente, portanto, que não podemos depender da evidência dos sentidos para
nos informar a respeito da realidade das coisas; se assim o fizermos
precisaremos crer que o sol se movia, que o mundo é plano em vez de
redondo, que as estrelas são pedaços de luz em vez de enormes sóis.