Page 149 - Revista Histórico das Instituições literárias do Paraná
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Durval Mendonça, Elton de Carvalho, Iracy do Nascimento Silva, José
                        Maria Machado  de Araújo,  Joubert  de Araújo Silva, Leonardo  Henke,
                        Maria Nascimento Santos Carvalho, Amaryllis  Schoenbach, Maria Tereza
                        cavalheiro, Octávio Babo Filho, Orlando Woczikosky, Rodolpho Abbud, Vera
                        Vargas e Zálkind Piatigórsky.
                               Não há registro de outras atividades após estes evento, pelo Grêmio
                        Brasileiro de Trovadores no Paraná.
                               Em 21 de agosto de 1966, Luiz Otávio, fundou no Rio de Janeiro a
                        União Brasileira de Trovadores (UBT), entidade de âmbito nacional que reúne
                        os autores da Trova. Na oportunidade os associados do Grêmio Brasileiro de
                        Trovadores, de todo o país, exceto da Bahia, demitiram-se dos cargos que
                        ocupavam nessa entidade e migraram para nova. Com a criação da UBT, Luiz
                        Otávio e os demais coordenadores e membros da Diretoria da entidade recém
                        fundada correram o País em busca de adesões e criação de novas Seções.
                               No Paraná recebemos a visita entusiasmada de Magdalena Léa, uma
                        dos expoentes da trova na Guanabara, tendo o Jornal Estado do Paraná,
                        publicado em 06 de setembro de 1966,  que a visita  tinha por intuito
                        estruturar a entidade em Curitiba. Assim, em 10 de setembro de 1966 foi
                        fundada a Seção de Curitiba da UBT em substituição ao GBT sendo instalada
                        em 01 de janeiro de 1967; seu primeiro presidente eleito foi o Dr. Ermírio
                        Barreto Coutinho da Silveira. Nesses mais de 55 anos de fundação, a União
                        Brasileira de Trovadores Seção Curitiba tem concretizado inúmeros projetos
                        culturais, sendo presidida desde 2011 pela poetisa Andréa Motta Paredes.
                               Depois de participar da reunião de fundação da primeira Seção da
                        União Brasileira de Trovadores no Paraná – Seção Curitiba –, a trovadora
                        Magdalena Léa percorreu inúmeros municípios para auxiliar na estruturação
                        do  movimento trovadoresco  no  Estado,  tendo  recebido total  apoio  dos
                        trovadores  paranaenses. Dentre as localidade  que  visitou destacam-se
                        Castro e Maringá.
                               Em Castro, o entusiasmo foi tanto, que de imediato foi lançado um
                        Concurso  de trovas, cujo tema escolhido  pela juventude local  foi  amor;
                        infelizmente não se tem registros do vencedor desse certame cultural. Em
                        Maringá, a visita foi um sucesso, segundo registrou a visitante, em artigo
                        publicado no boletim informativo da UBT Nacional.
                               Entretanto, a Seção Maringá somente foi fundada e instalada no mês
                        de abril de 1967, em sessão presidida por Luiz Otávio; na oportunidade, foi
                        eleito e o trovador Elidir d’Oliveira como primeiro presidente. Atualmente é
                        presidida pela trovadora Maria Eliana Palma.
                               Além do I festival realizado em 1966, Maringá sediou três outros que
                        realizaram-se em 1970, 1972 e 1977.
                               Conta-nos Antonio Augusto de Assis, Presidente de honra da UBT –
                        Maringá:
                               O Festival de 1970 marcou-se especialmente por um fato inédito. Um
                        mês antes, fui à Catedral de Maringá solicitar a celebração de uma Missa em
                        ação de graças como ato de abertura do evento. O pároco era o monsenhor
                        Sidney Luiz Zanettini, que, como bom gaúcho, gostava muito de poesia. Ele
                        pensou um pouco e disse: “E por que não uma Missa em trovas?”. Perguntei:
                        “E pode?”.  “Acho  que sim, preciso  apenas conversar  com Dom Jaime”,
                        disse ele. Autorizada a celebração, pedi inspiração a São Francisco de Assis
                        (patrono dos trovadores) e escrevi o texto.



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