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reforma tributária
Se for mantido o cronograma, a fase de testes da reforma tributá-
ria começa em janeiro. É o primeiro passo da transição para o novo
modelo, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual, prevista para
ocorrer entre 2026 e 2032. Até que a mudança integral ocorra,
empresas e escritórios contábeis terão de operar, simultaneamente,
nos regimes atual e futuro.
O IVA Dual é composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços
(CBS) e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A CBS é de
competência federal e unifica o Programa de Integração Social
(PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins). O IBS é vinculado às esferas estadual e municipal, reunin-
do o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercado-
rias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e o Imposto sobre Servi-
ços de Qualquer Natureza (ISS).
Apesar da complexidade, o período de testes será decisivo para
mapear erros, calibrar a arrecadação e permitir que empresários e
contadores se preparem, avalia o presidente da Federação Nacio-
nal das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Asses-
soramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Daniel
Coêlho. “É o momento de estudar a legislação, entender os novos
cenários e planejar o futuro tributário das empresas”, afirma.
Entre os pontos de atenção está a emissão de notas fiscais: o
layout do documento precisará destacar a CBS e o IBS, mesmo
que os tributos ainda não sejam efetivamente recolhidos, exceto
em casos específicos. O ano de 2026 será de calibragem das
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