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gestão de pessoas
Segundo Pinheiro, a afinidade entre discurso e prática é o primeiro
passo para formar equipes éticas. “Não há treinamento que resista
se o colaborador percebe contradição entre o que a empresa diz e
o que faz”, adverte.
Esse aprendizado ético não deve ocorrer apenas em momentos de
crise. O ideal é que as empresas ofereçam espaços de reflexão
contínua, em que os profissionais possam discutir situações reais e
compreender as consequências de cada escolha.
Exemplos do dia a dia
Brites reforça que os códigos de conduta são ferramentas funda-
mentais, mas, sozinhos, não garantem a adoção de comportamentos
éticos. Para ela, o documento deve ser apresentado como um guia
prático. “É preciso traduzir o código em exemplos do dia a dia, mos-
trando o que é aceitável e o que fere os princípios da empresa”, diz.
Segundo a especialista, uma das formas mais eficazes de conso-
lidar essa compreensão é incluir dilemas reais nos treinamentos.
Situações simuladas ajudam a equipe a lidar com conflitos de inte-
resse e decisões sob pressão.
O papel da liderança
Os líderes são os principais influenciadores do comportamento éti-
co dentro da empresa. Quando o gestor assume a responsabili-
dade pelas próprias ações e comunica abertamente suas decisões,
ele envia uma mensagem clara de integridade à equipe.
Liderar de forma ética é mais do que seguir normas: é promover
um ambiente de confiança e diálogo. “As pessoas precisam sentir
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