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ARI
MORAIS
Era uma vez um homem chamado Ari Morais.
Desde a escola primária não uso esta frase para
início de texto. Mas vou usá-la aqui.
Cabe bem para a pessoa homenageada nesta
matéria, não somente porque ela tinha o dom de
ver, perceber e tirar o melhor das pessoas, mas tam-
bém pela sua alma infantil, cheia de sonhos e ima-
ginação. Com sua partida repentina, alguns sonhos
ficaram em “stand by”, porém sua obra será eterna.
Pelas suas lentes, ele mostrou o mundo visto à sua
maneira e encantou.
Tem um trecho da música Nada Sei cantada por
Paula Toller, da banda Kid Abelha, que diz: “Que lu-
gar me pertence que eu possa abandonar ... Que lu-
gar me contém que eu possa me parar ...” Esta frase
diz muito sobre meu querido e amado amigo, que
soube como ninguém fazer valer a pena o sentimen-
to afetuoso ofertado ao próximo e quem não o per-
cebeu, perdeu grande oportunidade de conhecer de
perto o que chamamos de Amor.
Viajante do mundo, por onde andou (e foram
muitos lugares), deixou um pouco de si e levou um
pouco de tudo. Conheceu a realeza, principalmente
a princesa Margaret (do Reino Unido), aprendeu os
16 passos originais do tradicional chá inglês e o fa-
moso drink que faz referência à Rainha da Inglaterra
Maria I, conhecido como Bloody Mary (séc 16). Ari
me ensinou a fazer os dois (risos).
Ari Morais atuou no mundo do cinema parti-
cipando de vários filmes e documentários, alguns
premiados. Foi produtor de fotografia do filme
#NinfaBebê, que recebeu mais de 50 prêmios inter-
nacionais. Seu último trabalho foi o projeto piloto
para a série #ninfas, originada a partir do filme. Seu Um dos nossos memoráveis cafés com dois dedinhos de prosa
acervo acumula documentários e fotos premiadas. Foto: Liana Marzinotto
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