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e tem o condão de superar todos os desafios,
principalmente quando existe uma rede de
apoio que possa minimizar as dificuldades
trazendo-lhe um pouco mais de tranquilida-
de na criação dos filhos.
Dentro deste contexto, a psicóloga espe-
cialista em Terapia Cognitiva Comportamen-
tal, Stefanie Cristine Mundim Silva, destaca
que a mãe solo é uma guerreira, que luta e
guarda no peito todo o amor do mundo. “E,
às vezes, acaba deixando de lado as próprias
vontades pois é humanamente impossível
dar conta de tudo sozinha”. Neste sentido,
ela esclarece que, além da rede de apoio for-
mada por familiares e amigos que compreen-
dem esta vivência, é importante buscar ajuda
profissional. “Estas mulheres precisam ter
um espaço de acolhimento para si, que seja
livre de julgamentos. Não é preciso ter vergo-
nha e nem receio de dizer que está cansada.
Ela deve buscar ajuda e a terapia vai ajudar
muito”, finaliza.
Maria Isabel de Oliveira, psicóloga e psicoterapeuta
Por outro lado, lidar com a situação não é
simples. A mulher assume todo protagonis-
mo na criação dos filhos, afetiva e financeira
– além de cobranças externas da sociedade.
Os impactos psicológicos não podem ser ig-
norados. É preciso lidar com a ansiedade,
estresse, depressão e muitos outros fatores
emocionais, pois o psicológico dessa mãe é
colocado em risco através de diversas situ-
ações cotidianas, muitas extremamente pre-
judiciais.
A psicóloga e psicoterapeuta Maria Isabel
de Oliveira diz que atualmente as mulheres
são mais empoderadas e estão assumindo so-
zinhas a criação dos filhos “embora não seja
fácil” devido ao preconceito que ainda existe
na sociedade. Ela reconhece que a condição
de mãe solteira também pode ser dolorosa
visto que, muitas vezes, não é opcional. Po-
rém, a psicóloga diz que o amor é essencial Maria Isabel de Oliveira, psicóloga e psicoterapeuta
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