Page 15 - 20ª EDIÇÃO REVISTA MULHERES - ALTA RESOLUÇÃO
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uma cidade governada por mulheres deve permitir a criação de conselhos populares nas pe-
riferias, nas fábricas, nas empresas, nas escolas, onde trabalhadores e trabalhadoras possam
se organizar melhor. “Nós precisamos lutar por condições dignas”, conclui.
Para Elisa Araújo (Solidariedade), concorrer ao cargo de prefeita de Uberaba é um
grande desafio. “Depois de ser eleita como primeira mulher a ocupar o cargo de presidente
da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em 80 anos, percebi que podemos e
devemos ocupar nossos espaços”, comenta a empresária. Para ela, toda iniciativa que tiver por
objetivo a valorização da participação de mulheres na política é fundamental. “Tenho rece-
bido uma série de desincentivos”, confessa. “Dizem que mulher não vota em mulher, mas eu
não acredito nisso”. Elisa revela ainda que sua mãe, mulher de origem simples, fora vítima de
violência doméstica praticada pelo primeiro marido. “Separou-se muito jovem, cabeleireira,
com dois filhos pequenos e precisou enfrentar o desafio de se sustentar”.
Além do machismo, as pré-candidatas revelam ainda, as dificuldades de se dialogar
com a população em tempos de pandemia. Para isso, contam que têm feito uso das redes
sociais ou de encontros com distanciamento social. Para Patrícia Melo (PT), por exemplo,
falta o abraço, a proximidade, o olhar nos olhos. “Mas, a pandemia vai passar e vamos colocar
em prática o nosso jeito de fazer política, com a participação de todos. Juntos, vamos fazer a
cidade que queremos, uma Uberaba da gente”, diz.
Elisa Araújo (Solidariedade) - Foto Marise Romano Kenia Borges (PSD) - Foto arquivo pessoal
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