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todo cuidado de que necessitam”, esclarece
Virgínia Rezende, presidente da Apae Ubera-
ba. Essa é a quarta vez que ela está na pre-
sidência. Guarda na memória grandes êxitos,
como a ampliação da Escola Luciana (situada
dentro da entidade), inauguração da equote-
rapia e instalação do Centro Dia.
“Aqui não é convite, é laço”. Essa é a me-
lhor definição encontrada pela diretora social
Vaniana Helou para explicar a entrada dela
na instituição. No primeiro dia, ela participou
de uma aula com autistas não verbais. Sem
querer, bateu a mão cheia de anéis na mesa.
A vibração despertou um dos alunos, que
ficou encantado por ela, pelos acessórios e
pelo som. Nessa casualidade, nasceram uma
comunicação externa, uma grande amizade e
um amor além da vida. “Ninguém vai tirar a
Apae de mim”, comenta, com os olhos lacri-
mejados. O choro é leve e o sorriso é imen-
so ao falar dos eventos, como feijoada, festa
junina, noite de caldos e massas. Afinal, são
eles que colocam os holofotes voltados para a
Apae e geram renda. E, sim, dão muito traba-
lho para serem feitos. Pedidos de cá, doações
de lá. “É no detalhe que fazemos a diferença
financeira”, assume. No ano passado, a enti-
dade recebeu uma visita ilustre. Pela primei-
ra vez, em 50 anos, um governador visitou as
instalações. O feito histórico coube a Romeu
Zema, que doou cerca de R$ 3 mil, parte do
seu salário, para a instituição. “O valor não
está no dinheiro, mas na presença dele na
Apae. Isso não tem preço”, conta Vaniana.
Maria de Lourdes Fedrigo é a funcioná- Inauguração do primeiro pavilhão da entidade. A obra foi uma
doação da construtora Urbano Salomão. Na imagem Urbano
ria mais antiga da casa. Ela é cozinheira há está de branco em pé com o filho.
33 anos e conhece gostos, personalidades e
necessidades de cada um. “Se eu pudesse
fazer um pedido, pediria para a comunidade
olhar mais para a Apae e fazer mais doações.
As pessoas com deficiência precisam e me-
recem”, confessa. A cozinheira foi uma das
homenageadas no evento de 50 anos da enti-
dade. Além dela, ex-presidentes, alunos, equi-
pe e muita gente que foi imprescindível para
o crescimento da associação também foram
ovacionados. Comemorar o cinquentenário
da Apae significou também, olhar pra trás e
assumir que cada esforço foi válido. Se inclu-
são não é convidar para a festa, mas tirar para
dançar, a entidade tem feito isso muito bem e
convocado a comunidade.
Romeu Zema foi o primeiro governador a visitar a Apae.
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