Page 31 - REVISTA MULHERES_ULTIMA EDÇÃO
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todo cuidado de que necessitam”, esclarece
                      Virgínia Rezende, presidente da Apae Ubera-
                      ba. Essa é a quarta vez que ela está na pre-
                      sidência. Guarda na memória grandes êxitos,
                      como a ampliação da Escola Luciana (situada
                      dentro da entidade), inauguração da equote-
                      rapia e instalação do Centro Dia.
                        “Aqui não é convite, é laço”. Essa é a me-
                      lhor definição encontrada pela diretora social
                      Vaniana Helou para explicar a entrada dela
                      na instituição. No primeiro dia, ela participou
                      de uma aula com autistas não verbais. Sem
                      querer, bateu a mão cheia de anéis na mesa.
                      A  vibração  despertou  um  dos  alunos,  que
                      ficou  encantado  por  ela,  pelos  acessórios  e
                      pelo som. Nessa casualidade, nasceram uma
                      comunicação externa, uma grande amizade e
                      um amor além da vida. “Ninguém vai tirar a
                      Apae de mim”, comenta, com os olhos lacri-
                      mejados. O choro é leve e o sorriso é imen-
                      so ao falar dos eventos, como feijoada, festa
                      junina, noite de caldos e massas. Afinal, são
                      eles que colocam os holofotes voltados para a
                      Apae e geram renda. E, sim, dão muito traba-
                      lho para serem feitos. Pedidos de cá, doações
                      de lá. “É no detalhe que fazemos a diferença
                      financeira”, assume. No ano passado, a enti-
                      dade recebeu uma visita ilustre. Pela primei-
                      ra vez, em 50 anos, um governador visitou as
                      instalações. O feito histórico coube a Romeu
                      Zema, que doou cerca de R$ 3 mil, parte do
                      seu salário,  para a  instituição. “O valor  não
                      está no dinheiro, mas na presença dele na
                      Apae. Isso não tem preço”, conta Vaniana.
                        Maria de Lourdes Fedrigo é a funcioná-      Inauguração do primeiro pavilhão da entidade. A obra foi uma
                                                                    doação da construtora Urbano Salomão. Na imagem Urbano
                      ria mais antiga da casa. Ela é cozinheira há   está de branco em pé com o filho.
                      33 anos e conhece gostos, personalidades e
                      necessidades de cada um.  “Se eu pudesse
                      fazer um pedido, pediria para a comunidade
                      olhar mais para a Apae e fazer mais doações.
                      As  pessoas  com  deficiência  precisam  e  me-
                      recem”, confessa. A cozinheira foi uma das
                      homenageadas no evento de 50 anos da enti-
                      dade. Além dela, ex-presidentes, alunos, equi-
                      pe e muita gente que foi imprescindível para
                      o crescimento da associação também foram
                      ovacionados. Comemorar o cinquentenário
                      da Apae significou também, olhar pra trás e
                      assumir que cada esforço foi válido. Se inclu-
                      são não é convidar para a festa, mas tirar para
                      dançar, a entidade tem feito isso muito bem e
                      convocado a comunidade.
                                                                    Romeu Zema foi o primeiro governador a visitar a Apae.


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