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Trabalho e proletariado no século XXI
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A reconfiguração do capitalismo,
conhecido no discurso dominante
como globalização econômica, e a
chamada sociedade da informação
vêm impactando expressivamente a
reforma da política educacional que
está em curso nos países periféricos
de produção capitalista que alteram as forças de sociabilidade e, conse-
quentemente, a relação entre as forças sociais, que, sob a hegemonia do ethos
privado, sofrem a influência das tecnologias eletrônicas, informáticas e ci-
bernéticas (DOURADO, 2008, p. 893, grifos do autor).
A reconfiguração do capitalismo, conhecido no discurso dominante como
globalização econômica, e a chamada sociedade da informação vêm, segundo Ferreira
(2009), impactando expressivamente a reforma da política educacional que está em
curso nos países periféricos. Desse modo, a educação escolar nos países periféricos se
constitui como uma
Política internacional de segurança do capital; como promissora área de in-
vestimentos para o capital em crise em sua incessante busca por novos mer-
cados e novos campos de exploração lucrativa; e como importante estratégia
de difusão da concepção de mundo burguesa (LIMA, 2007, p. 22).
Os estudos dos autores aqui referenciados contribuíram para responder às
duas primeiras questões norteadoras da nossa pesquisa: A assim chamada globalização
da economia pode ser considerada um processo de mundialização do capital? Quais
as consequências desse fenômeno para a educação? Ou seja, foi possível constatar que Revista Princípios nº 159 JUL.–OUT./2020
a assim chamada globalização da economia se constitui na ideologia dominante, que
tem por objetivo ocultar a real essência das estratégias de reestruturação do capital em
escala planetária, revelando, portanto, que se trata de um processo de mundialização
do capital. No que se refere à segunda questão, isto é, às consequências do fenômeno
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