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INTERNACIONAL


            A revolta democrática de massa


                   Um movimento democrático crescente, amplo e diverso está contestando passo
            a passo o levante da direita. Esse movimento é enraizado na classe trabalhadora mul-
            tirracial dos EUA, composta de trabalhadores organizados, negros, latinos, asiáticos,
            indígenas, a maioria das mulheres, jovens e pessoas LGBTQ, além de movimentos de-
            mocráticos de massa a favor do meio ambiente, da saúde pública, do fim da violência
            armada e de outras questões.
                   Movimentos democráticos e a unidade da classe trabalhadora formada por pes-
            soas de diversas raças, nacionalidades, gêneros e gerações cresceram desde a eleição
            de Trump. Esses movimentos, incluindo a ascendente tendência socialista, ajudaram a
            alterar dramaticamente a opinião pública.
                   A consciência social está sendo radicalizada pelo desenvolvimento objetivo,
            pela luta de classes e pelos movimentos democráticos. A consciência de classe está cres-
            cendo em resposta à extrema concentração de riquezas, ao congelamento de salários e
            à guerra empresarial contra direitos trabalhistas. Uma maioria antirracista tem crescido
            na batalha contra a supremacia branca, a violência racista de policiais e vigilantes e as
            tentativas de realizar retrocessos em direitos das mulheres.
                   Elementos da classe dominante, incluindo setores militares, opõem-se à extre-
            ma-direita e a Trump. Os recentes usos de força pela polícia militar e as ameaças de
            Trump em usar os militares para se opor às revoltas populares acentuaram esses desen-
            volvimentos.
                   Unindo-se ao levante antidireita está a maioria da mídia mainstream, a indústria
            do entretenimento e figuras de destaque da cultura e dos esportes.
                   A “frente popular” opera em muitos campos. Recentemente, trabalhadores li-
            torâneos fizeram greve de um dia em ambas as costas estadunidenses para se opor à
            violência policial. O Partido Democrata, que controla a Câmara dos Representantes dos
            Estados Unidos e muitos governos e legislaturas estaduais, é um dos principais veículos.
            Dessa posição, algumas das piores políticas dos republicanos estão sendo fiscalizadas
            em nível federal e em alguns estados.
                   Os movimentos sociais e democráticos de massa, que explodiram em resposta à
        Revista Princípios      nº 159     JUL.–OUT./2020  a misoginia liderados por mulheres estão fazendo interseções com movimentos contra
            eleição de Trump, agora são um fator significativo da política estadunidense, até mesmo
            dentro do Partido Democrata. Em particular, movimentos de massa contra o sexismo e


            o racismo, pelos direitos dos trabalhadores e outros.
                   Essas forças impulsionaram uma vitória retumbante nas eleições de meio de
            mandato de 2018 e obtendo uma maioria democrata na Câmara, vitórias-chave em 2019
            e mais uma vez neste ano, 2020. Um número recorde de ativistas, mulheres, pessoas
            não brancas, sindicatos, ativistas LGBTQ, socialistas e comunistas foram eleitos. Esses


            legislativos no processo de fazer avançar legislações progressistas.


     336    representantes recém-eleitos estão ajudando a transformar a opinião pública e corpos
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