Page 24 - A REFLEXÃO 2000 A 2020
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Tomaremos inicialmente como exemplo de uma boa
mudança, uma coisa simples, mas que incomoda muito, o lixo. Você
joga lixo no chão? Muitos dirão não, outros dirão sim, mas a bem da
verdade, em nossa cultura todos nós fazemos isso. Uns, com
desculpas, outros, sem perceber o que estão fazendo, jogam por puro
instinto. Então qual seria a postura correta a ser adotada para uma
mudança em nossa cultura, onde não mais jogaríamos lixo no chão?
Primeiro, a vontade de não jogar. Segundo, eu deverei estar
comprometido em ensinar aos meus e a todos os que me cercam,
que jogar lixo no chão torna o ambiente desagradável. Os lideres
políticos também deverão participar, promovendo campanhas de
educação pública, onde jogar lixo no chão não estará mais compatível
com a nova postura social do grupo, colocando coletores de lixo
suficientes para atender à população, reforçando as coletas do lixo
nas ruas e as varreduras, e todo o grupo também deverá zelar pela
manutenção constante de suas áreas habitacionais. Muitos dirão:
“Isso seria um milagre, uma utopia!” Não, nada mais do que vontade
e tempo para adaptar um grupo a uma nova visão social. Você, por
acaso, não deseja parar de jogar lixo no chão? O modo como
abordamos um fato, determinará a postura dos indivíduos de um
grupo social.
Quando o tema da abordagem é positivo ao indivíduo e
também ao grupo, o crescimento deverá acontecer naturalmente só
pelo fato de ser bom. Certamente aceito pela grande maioria, a
abordagem contaminará rapidamente o grupo, e o novo conceito será
transmitido a cada nova geração, até que um outro novo conceito
surja como sendo melhor que o anterior e, novamente, redefiniremos
a abordagem.
Porém, os indivíduos e a sociedade como um todo deverão
manter-se em alerta para os conceitos ou soluções que não tenham
peso coletivo ou que tragam injustiça ao grupo ou a qualquer ser do
nosso sistema, seja ele humano ou não. Deveremos sempre analisar
o sistema do relacionamento na sua máxima amplitude, sem
exceções. Um ser evoluído com pleno conhecimento do Eu não
poderá jamais esquecer que ele ou sua espécie não são os únicos a
habitarem o planeta, e que todos dividem um habitat.
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