Page 78 - A REFLEXÃO 2000 A 2020
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Devemos colocar uma coisa dentro de nossas cabeças: Nada
está obrigado a ser para sempre! Além do medo que nos persegue,
nós ainda não estamos preparados para ouvir a palavra não: “Não dá
mais, é o fim!” Infelizmente, um relacionamento pode acabar como
começou, em um instante, sem motivo ou razão aparente, só o
desejo de não querer mais continuar com aquela pessoa. Aceitar isso
pode não ser fácil, mas é nosso dever, pode doer, torturar e
entristecer, isso acaba com nosso Ser, mas passa, e quanto mais fácil
eu aceitar, será melhor. Pense que, se ele/ela não o quer, é porque
não há mais nada.
Você aceitaria viver com alguém que não sente nada por
você? Acredita que seus sentimentos são suficientes para os dois,
apenas porque você não quer perdê-lo? Quer manter uma relação a
qualquer preço? Quando fazemos isso, escravizamos o outro, e
nunca teremos a felicidade sonhada e sim um infeliz capricho
realizado. Quem gosta de verdade quer ver o outro bem, mesmo que
não seja ao nosso lado, é difícil, porém, tem que ser assim, se for
melhor para ele/ela estar longe, temos que alforriá-lo da relação,
desta maneira, ambos poderão tentar encontrar a felicidade com
outro alguém e nossa consciência estará bem mais tranquila.
Os relacionamentos íntimos não são vistos da mesma maneira
por homens e mulheres. As mulheres têm uma visão mais romântica
das relações, elas esperam um príncipe encantado, montado em
seu alazão, prometendo amor eterno, vestido branco e igreja florida.
Os homens são mais pé no chão, eles desejam uma mulher bonita,
simples, que se dedique a ele e à família, sem grandes fantasias de
amor Romeu e Julieta, claro que em ambos os casos existem
exceções, homens loucamente desvairados por uma mulher e
mulheres que não veem brilho no romantismo dos homens, mas são
casos à parte.
Onde está a evolução do Eu dentro dos relacionamentos
homem e mulher? Aparentemente, eles parecem pesar pouco. Nunca
irei parar e pensar se meu parceiro vai ou não querer se descobrir,
buscar seu Eu para juntos, numa jornada, conquistar a felicidade.
Essa forma de pensar é muito sintética, uma receita de bolo: “Eu e
você juntos chegaremos lá!” O que realmente pesa na evolução ao
encontro do Eu é conhecer quem eu sou para avaliar as possibilida-
des de aceitar o outro como ele é, ou não: “Se ele for assim, eu
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