Page 35 - Talvegue
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MEDO
O meu medo é sinuoso
Um desvio na estrada
Um tormento sigiloso
Uma placa de lombada
Eis que sigo pela escuridão
Rumo ao desconhecido
E encontro na ocasião
Um poeta aguerrido
Muitas coisas ele me ensinou
Muito ainda tenho que aprender
O caminho é longo e ele ressaltou
Confessei-lhe meu medo de sofrer
O fato é que suas revelações
Deixaram-m e confusa
Somos o reflexo de nossas ações
Mas a ideia não foi difusa
A convite do presente
Apresenta-se o passado
E que aquele confidente
Não quer ser importunado
Fala tudo que sabe
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