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MEDO


                  O meu medo é sinuoso

                  Um desvio  na estrada

                  Um tormento  sigiloso
                  Uma placa de lombada



                  Eis que sigo pela escuridão

                  Rumo  ao desconhecido

                  E encontro  na ocasião
                  Um poeta aguerrido



                  Muitas  coisas  ele me ensinou
                  Muito  ainda  tenho que aprender

                  O caminho  é longo  e ele ressaltou

                  Confessei-lhe  meu  medo de sofrer


                  O fato é que suas revelações

                  Deixaram-m e   confusa

                  Somos o reflexo  de nossas ações

                  Mas a ideia  não foi  difusa


                  A convite  do presente

                  Apresenta-se  o passado
                  E que aquele  confidente

                  Não quer ser importunado



                  Fala tudo que sabe





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