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O principal grupo desta forma julgado foi o judeu, que foi muitas vezes perseguido e
expulso de suas terras, já que se temia que estes pudessem acabar transmitindo a
Peste às populações locais.
A perseguição aos judeus neste primeiro momento é uma das principais causas
para o surgimento do antissemitismo na Europa; após isso, o ódio ao povo judeu foi
se tornando cada vez mais intrínseco e, conforme novos problemas iam surgindo,
mais e mais culpava-se o povo judeu pelas tragédias.
Com isso, há uma onda de migração massiva da comunidade judaica europeia
para a Polônia, que estava aceitando os judeus como refugiados, além de também
ser o país com o menor número de casos da Peste em toda a Europa.
Aliás, este é um dos pontos mais curiosos da pandemia: a Polônia,
principalmente em comparação às outras nações europeias, sofreu muito menos com
a Yersinia Pestis, como é possível ver no mapa abaixo:
Figura 6 - mapa sobre o espalhamento da Peste Negra: em laranja, estão as regiões que tiveram seu
primeiro surto no ano de 1347, em verde, os surtos de 1348, em amarelo, os de 1349, em lilás, os de
1350 e, em vermelho, os de 1351; em cinza, encontram-se as regiões que foram relativamente não
afetadas pela pandemia.
Como se infere, o mapa apresenta as ondas de surtos da Peste em
sobreposição às fronteiras atuais; percebe-se que, na região da Polônia, com exceção
feita ao norte do país, a Peste fez pouquíssimas mudanças, e a imigração de judeus,
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