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A pandemia é mundialmente controlada um ano depois, deixando um legado
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para a medicina, por ser a primeira pandemia moderna e da era bacteriológica . A
Gripe Russa, todavia, também é muito esquecida nos debates epidemiológicos, sendo
que há poucos estudos feitos sobre a pandemia na atualidade, além de também ser
um tópico que carece de estudos na língua portuguesa, principalmente. No geral,
infere-se que a importância da Gripe Russa foi fundamental para o desenvolvimento
da pesquisa estatística na pandemia que viria a seguir: a Pandemia da Gripe
Espanhola.
Figura 15 - escaneie este código QR para ter acesso a um gráfico animado sobre o desenvolvimento
da pandemia de Gripe Russa durante seu período, na plataforma de vídeos digitais YouTube.
5.4 Gripe Asiática
Igualmente à Pandemia de Gripe Russa e a da Gripe Espanhola, a Pandemia
de Gripe Asiática foi originada também por um surto do vírus Influenza; originando-se
na cidade de Guizhou, na China, em fevereiro de 1957, a doença começou a se
espalhar em um ritmo acelerado. Causada pelo subtipo H2N2, possuiu uma taxa de
mortalidade média de aproximadamente 0.67%.
Os primeiros sinais de que havia uma nova doença se espalhando rapidamente
em solo chinês, e que esta poderia representar potencial risco à humanidade, foram
enviados à OMS em 4 de maio daquele mesmo ano. 13 dias depois, a OMS confirmou
o potencial epidêmico da doença, já iniciando procedimentos para o desenvolvimento
de uma vacina.
Rapidamente a doença se espalhou pelo mundo, todavia, foi rapidamente
controlada: no ano de 1958, os casos já haviam sido estabilizados e a pandemia
encerrada; todavia, mesmo assim, cerca de 50% da população mundial foi afetada
4 Shope RE. Influenza: history, epidemiology and speculation. Public Health Rep. 1958 Feb;73(2):165-79.
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