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Monumental


                                                    Monumental (1951)












































                     O “Cinema-Teatro Monumental”, localizado na Praça Duque de Saldanha em Lisboa, e propriedade do
               major Horácio  Pimentel, foi  inaugurado no dia 8 de Novembro de 1951,  «único no seu género em todo o
               mundo»  segundo alguns jornais da época, que acrescentavam:  «um luxuoso  edifício que, desde as linhas
               arquitectónicas do exterior à luxuosa comodidade dos seus interiores, oferece o tom moderno e de bom gosto
               da casa de espectáculos digna de figurar entres as melhores da Europa».

                     A elaboração do  projecto  para o maior conjunto de  cinema-teatro  existente em Lisboa, partiu  de um
               Despacho do Ministro da Educação Nacional  de 24 de Março de 1943, onde se podia ler: "(...)  podia
               considerar-se o eventual funcionamento de uma Casa de Espactáculos como ainda não há em Lisboa, com
               um conjunto de instalações adequadas á realização ou exibição simultânea de várias formas de actividade
               artística ou cultural (...) uma casa com salas independentes para teatro de declamação ou  música ligeira,
               concertos e cinema, dotada das dependências correspondentes.”

                     Com base nesta sugestão do Ministro Mário de Figueiredo, o arquitecto Raúl Rodrigues Lima - que já
               tinha assinado o projecto  do  “Cinema Cinearte”,  inaugurado em Fevereiro de  1940  -  elabora o projecto  do
               Monumental, cinema e teatro, onde, num único edifício existe um teatro para 1182 espectadores, um cinema
               para 2170, um café-restaurante e uma sala para exposições artísticas.


                     A entrada principal do edifício, comum à salas de Cinema e de Teatro, fazia-se pelo grande vestíbulo
               principal semi-exterior  que, comunicando directamente com a Praça Duque de Saldanha  por meio de  uma
               arcaria de volta perfeita, funcionava quase como um prolongamento desta. A sala de Teatro, com eixo central
               paralelo à Av. Praia da Vitória, possuía dimensões mais reduzidas de modo a aproximar os espectadores do

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