Page 159 - Teatros de Lisboa
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Monumental
Passando o vestíbulo da entrada, existia um grande foyer que se desenvolvia por dois pisos. No piso
térreo os acessos à sala eram feitos por quatro portas que davam acesso directo às plateias tanto do Cinema
como do Teatro.
A partir do foyer do 1º andar, além do acesso ao 1º balcão a partir de duas portas, dava acesso a um
vestiário, um toucador para senhoras, ao bar, às instalações sanitárias e á escada que dava acesso ao último
piso onde se encontravam a cabine de projecção e o escritório da gerência. Neste 1º piso, fazendo parte
integrante do foyer, existiam, um salão de estar e outro de exposições. Estes equipamentos eram comuns ao
Cinema e Teatro.
A revista “Imagem” em 1950 escrevia: «Um dos mais arrojados empreendimentos dos nossos dias».
Podia-se também ler num jornal da época: «Único no seu género em todo o mundo, um luxuoso edifício que,
desde as linhas arquitectónicas do exterior á luxuosa comodidade dos seus interiores, oferece o tom moderno
e de bom gosto da casa de espectáculos digna de figurara entre as melhores da Europa».
Na lateral da Avenida Fontes Pereira de Melo, este edifício albergou o café, casa de chá e restaurante
“Monumental”, igualmente propriedade do major Horácio Pimentel e explorado por Amadeu Dias, que já
detinha a exploração dos 3 bares do conjunto cinema/teatro "Monumental", Abriu as suas portas em 17 de
Setembro de 1955, tendo a propósito, o “Diário de Lisboa” , neste dia, escrito:
«O projecto inicial da obra era da autoria de sr. arquitecto Rodrigues Lima, pois fazia parte do bloco das casas
de espectáculo. O seu proprietário confiou, porém, o seu desenvolvimento, dentro das novas exigências
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