Page 201 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
Ação social como uma intervenção de promoção à saúde e inclusão da comunidade surda
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 145.971.487-36 REBECA FARIAS JORDÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
037.679.023-70 DEIDIANE RODRIGUES DE SOUSA CRUZ CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
042.950.413-60 THIAGO ÍTALO LIMA ASSUNÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
024.587.683-93 ALISSON SALATIEK FERREIRA DE FREITAS CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é considerado uma das neoplasias com maior incidência no mundo. No Brasil, dados mostram que
dezenas de mulheres morrem diariamente acometidas por essa doença. Diante desse aspecto, o câncer de mama é considerado
um grave problema de saúde pública no mundo inteiro. Assim, torna-se fundamental o desenvolvimento de ações que busquem orientar
a população feminina, tendo em vista que os tumores mamários malignos são a maior causa de óbitos em mulheres no país. As
ações de prevenção de doenças e promoção à saúde podem minimizar os gastos do Sistema Único de Saúde - SUS, além de
melhorar a qualidade de vida das pessoas. No caso das pessoas com deficiência, a situação é agravante, pois o acesso à saúde
desse grupo específico ainda é limitado. Nas últimas décadas, esse tema tem sido abordado constantemente na área da saúde
coletiva, aonde também vem ocorrendo avanços significativos no que diz respeito às políticas públicas e práticas em saúde. Segundo a Lei
10.436 de 24 de abril de 2002, a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, é a segunda língua reconhecida no Brasil e é o meio legal de
expressão e comunicação da comunidade surda. OBJETIVOS: Relatar uma experiência vivenciada na promoção da saúde de
pessoas surdas. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, de natureza qualitativa, realizada por acadêmicos de
enfermagem no mês de março de 2018, em um shopping, no município de Fortaleza - CE, que desenvolveram uma educação em saúde
voltada sobre o câncer de mama e exame ginecológico, no qual teve a participação da população surda.RESULTADOS: A realização de
uma educação em saúde com língua de sinais, fortalece o princípio da universalidade, integralidade e principalmente equidade, pois foi
notório a ausência de informação dos surdos sobre conceitos, a importância dos exames abordados e dos aspectos que envolvem o
diagnóstico precoce. A experiência vivenciada enfatiza que é fundamental a difusão da língua de sinais na área de saúde, pois não há
comunicação dos profissionais com os surdos devido a pouco ou nenhum domínio sobre a língua em questão, acarretando a falta de
conhecimento dos surdos sobre os cuidados com a mama e como realizar o autoexame.CONCLUSÃO: Este estudo aponta que a prática
do autoexame ainda precisa ser mais trabalhada entre os surdos. A experiência da ação educativa proporcionou aos alunos uma
aproximação com esses usuários, de forma satisfatória atendeu aos nossos objetivos e contribuiu para a formação.