Page 68 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
I Encontro da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família
Título
Planejamento Local no cotidiano de gestores e profissionais na Atenção Primária em Saúde
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 972.525.493-72 INÊS DOLORES TELES FIGUEIREDO Secretaria de Saúde de Maracanaú
421.888.223-15 Geanne Maria Costa Torres Secretaria de Saúde de Salitre
321.359.123-87 José Auricélio Bernardo Cândido Secretaria de Saúde de Horizonte
033.811.883-72 Maria Irismar de Almeida Universidade Estadual do Ceará
457.766.443-72 Ana Patrícia Pereira Morais Universidade Estadual do Ceará
558.751.733-00 Antônio Germane Alves Pinto Universidade Regional do Cariri
Resumo
Introdução: No campo da saúde coletiva, é imprescindível a necessidade de organizar o planejamento, que direciona as ações de atenção
e cuidado pelos profissionais da saúde da família. A participação das equipes no planejamento das ações e o fortalecimento da gestão
local e do controle social são atribuições da equipe da atenção básica. O planejamento é compreendido como um processo de
racionalização das ações humanas e consiste em definir proposições viáveis tentando solucionar problemas que possam atender as
necessidades individuais e coletivos. No entanto, o desconhecimento sobre sua importância trazem dificuldades aos profissionais de saúde
na participação e elaboração coletiva. Objetivo: Analisar saberes e práticas de planejamento na perspectiva dos profissionais e
gestores de saúde da Atenção Primária em um município da Região Metropolitana de Fortaleza. Metodologia: Estudo descritivo
com abordagem qualitativa, realizado no município de Maracanaú-Ceará, com onze profissionais, sendo sete entre eSF e NASF e quatro
representando os gestores, nos meses de Abril e Maio de 2016. A coleta de dados ocorreu por meio das técnicas de entrevista com roteiro
semiestruturado e grupo focal, sendo tratados pela técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, que desvelou três categorias
temáticas: concepções e aplicabilidade dos gestores e profissionais de saúde da APS atribuídos ao planejamento local das ações; práticas
do planejamento local e as relações profissionais no cotidiano; e dificuldades e facilidades do planejamento local na APS. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UECE sob o parecer nº 1.520.392. Resultados: os participantes estavam na faixa etária de
26 à 64 anos, tempo de atuação de 4 meses à 08 anos. Percebemos que o planejamento ainda está bastante incipiente, não
incorporado efetivamente ao cotidiano de trabalho, identificado como flexível e informal. Destacamos a relação comunicacional entre
as equipes e a gestão, resolubilidade e multiprofissionalidade. As fragilidades apontadas no estudo relacionam-se à falta de planejamento
conjunto efetivo, inapropriação do perfil para condução dos processos e comunicação falha com o nível secundário. Conclusões: Desvelou-
se a necessidade de ampliar a discussão a cerca da efetivação do planejamento local, a fim de ser utilizado não somente como ferramenta
para a gestão, mas principalmente instrumento capaz de favorecer a aplicação de sua potencialidade.