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DEVOCIONÁRIO: Lições que enriquecem





                  DO USO DOS DONS

                  2Reis 4.8-13


                  8  Certo  dia,  Eliseu  foi  a  Suném,  onde  uma  mulher  rica  insistiu  que  ele  fosse  tomar  uma
                  refeição em sua casa. Depois disso, sempre que passava por ali, ele parava para uma refeição.
                  9 Em vista disso, ela disse ao marido: "Sei que esse homem que sempre vem aqui é um santo
                  homem de Deus. 10 Vamos construir lá em cima um quartinho de tijolos e colocar nele uma
                  cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina para ele. Assim, sempre que nos visitar ele
                  poderá ocupá-lo". 11 Um dia, quando Eliseu chegou, subiu ao seu quarto e deitou-se. 12 Ele
                  mandou o seu servo Geazi chamar a sunamita. Ele a chamou e, quando ela veio, 13 Eliseu
                  mandou Geazi dizer-lhe: "Você teve todo este trabalho por nossa causa. O que podemos fazer
                  por  você?  Quer  que  eu  interceda  por  você  ao  rei  ou  ao  comandante  do  exército?"  Ela
                  respondeu: "Estou bem entre a minha própria gente".


                         Para  a  grande  maioria  dos  evangélicos  falar  em  dom  significa  aquelas  habilidades
                  sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo com as quais grandes operações são realizadas
                  unicamente pelo poder e direção do Espírito Santo. De fato  essa é uma definição de dom,
                  porém, não a única.
                         Dons  são  posses  ou  habilidades  concedidas  por  Deus  de  que  dispomos  desde  o
                  nascimento  e  aperfeiçoadas  ou  aumentadas  (no  caso  das  posses)  por  meio  do  trabalho
                  laborioso, do uso consciente ou dos estudos, etc.
                         É desse tipo de dom que trata o texto de 2Reis 4.8-13.
                         Uma senhora rica e de boa liderança e reputação observava atentamente o homem de
                  Deus todas as vezes que este vinha a Suném, cidade natal da ilustre senhora e de seu marido.
                  Da observação concluiu ela que este era um sério homem de Deus. Que sinais Eliseu teria
                  dado para que esta mulher chegasse a tão acertada conclusão? Ele poderia, por exemplo, ter
                  realizado  algum  sinal  miraculoso  naquela  cidade.  Ele  poderia  através  de  seus  ensinos  ter
                  impactado o coração de muitas pessoas da cidade, incluindo o da mulher e, ao mesmo tempo
                  em que ensinava vivia seus ensinos. Seu comportamento pessoal o denunciava como homem
                  de Deus qualificado ao cargo.
                         Seja lá qual tenha sido o motivo da conclusão da senhora sunamita ela resolveu usar
                  seus dons (concedidos por Deus) para facilitar a vida desse ilustre servo do Senhor Jeová.
                  Primeiramente  ela  proporcionou  boa  conversa,  companhia  e  alimentação  (2Reis  4.8).  À
                  medida que concluía ser Eliseu um sério homem de Deus ampliou as facilidades para tornar o
                  trabalho do homem de Deus mais agradável. Construiu um quarto simplesmente mobilado,
                  mas muito aconchegante (2Reis 4.9-10).
                         Essa mulher e seu esposo usaram os dons que Deus havia lhes dado para facilitar a
                  vida de alguém e o fizeram de modo tão louvável que ficou registrado no coração de Deus que
                  permitiu um registro em sua Palavra, a Bíblia.
                         Porém, o rico texto não oferece apenas um exemplo de pessoa que usa os dons dados
                  por Deus (os naturais) para trazer alívio a outras vidas. O próprio profeta ofereceu facilitar a
                  vida da mulher e de seu esposo  intercedendo em  favor dela junto ao rei  ou junto a maior
                  autoridade policial nacional (2Reis 4.11-13).
                         O profeta ao longo da vida angariou muito respeito. Com o povo, com o rei e com as
                  demais autoridades. Assim ele poderia e devia usar estes dons para melhorar a situação das
                  pessoas.
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