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Daí ser a conjunção coordenativa um conector. Como sua missão é
reunir unidades independentes, pode também “conectar” duas unidades
menores que a oração, desde que do mesmo valor funcional dentro do mesmo
enunciado. Assim:
Pedro e Maria (dois substantivos)
Ele e Ela (dois pronomes)
Ele e Maria (um pronome e um substantivo)
rico e inteligente (dois adjetivos)
ontem e hoje (dois verbos)
saiu e voltou (dois verbos)
com e sem dinheiro (duas preposições)
Bem diferente é, entretanto, o papel da conjunção subordinada. No
enunciado:
Soubemos que vai chover
A missão da conjunção subordinada é assinalar que a oração que
poderia ser sozinha um enunciado:
Vai chover
Se insere no enunciado complexo em que ela (vai chover) perde a
característica de enunciado independente, de oração, para exercer, num
nível inferior da estruturação gramatical, a função de palavra, já que vai
chover é agora objeto direto do núcleo verbal soubemos.
Assim, a conjunção subordinativa é um transpositor de um enunciado
que passa a uma função de palavra, portanto de nível inferior dentro das
camadas de estruturação gramatical. Diz-se, por isso, que que vai chover é
uma oração “degradada” ao nível da palavra, e isto se deveu ao fenômeno
de hipotaxe ou subordinação (->48).
Conectores ou conjunções coordenativas — Os conectores ou
conjunções coordenativas são de três tipos, conforme o significado com que
envolvem a relação das unidades que unem: adjetivas, alternativas e
adversativas.
Conjunções aditivas — A aditiva apenas indica que as unidades que
une (palavras, grupos de palavras e orações) estão marcadas por uma